Boi/CEPEA: Oferta de boi segue baixa; relação de troca diminui em MS e SP
A oferta de boi gordo continua baixa, mas a demanda também está moderada, sobretudo porque alguns frigoríficos, principalmente de grande porte, têm preenchido parte das escalas com animais contratados antecipadamente. Em relação aos preços, registram pequenas oscilações diárias. No acumulado parcial do mês, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa subiu 1,04% fechando a R$ 144,14 nessa quarta-feira, 23.
Quanto à relação de troca de arrobas de boi por bezerro, nos últimos três anos, mostra mudança de patamar a partir de abril de 2014. De lá para cá, o poder de compra do pecuarista de engorda diminuiu cerca de 15%, devido à valorização do bezerro superior à do boi gordo. Enquanto que em março de 2014 a venda de um animal de 16,5 arrobas possibilitava a compra de 2,1 bezerros em MS e de 2,2 bezerros em SP, em setembro de 2015 – um ano e meio depois –, a relação está em torno de 1,8 bezerros, tanto em SP como em MS.
Essa diferença representa perda de 15% para pecuaristas de engorda de MS e de 18% para os de SP, considerando-se venda e compra no mesmo estado.
Suínos/CEPEA: Preço do animal vivo é o maior do ano
O movimento de alta nas cotações do suíno vivo se mantém firme e os atuais patamares de preços do animal já são os maiores do ano na maioria das regiões acompanhadas pelo CEPEA, em termos nominais – em outras, estão bem próximos da máxima. Geralmente, observam-se reações de preços nesta época do ano, quando as exportações de carne suína tendem a ser intensificadas e parte dos frigoríficos começa a fazer estoques para o final de ano.
Além disso, agentes consultados pelo CEPEA indicam que, neste mês, a oferta de animais prontos para abate estaria menor. Com as altas nos preços do animal vivo, frigoríficos exportadores conseguem manter suas margens, favorecidos pelo dólar. Por outro lado, unidades que trabalham apenas no mercado interno relatam estreitamento das margens, visto que já estariam com dificuldades em negociar a carne nos atuais patamares.
Fonte: Cepea/Esalq