Carnes/CEPEA: Cotações

Boi: Pressão compradora enfraquece valor da arroba

Apesar de a oferta de animais seguir restrita, frigoríficos continuam pressionando as cotações no mercado paulista, em decorrência das compras em outros estados e via contratos, que permitem um ligeiro aumento nas escalas de abate. Segundo pesquisadores do CEPEA, esses agentes também seguem alegando dificuldade de venda no atacado, reforçando seu posicionando recuado nas compras. Entre 13 e 20 de maio, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo caiu 1,36%, fechando a R$ 146,53 nessa quarta-feira, 20.

Para os exportadores de carne bovina, que já vêm comemorando bons resultados há três meses consecutivos, o cenário deve seguir favorável. Acordo assinado entre Brasil e China nessa terça-feira, 19, habilita oito frigoríficos brasileiros a exportar o produto para o país asiático, segundo o Ministério da Agricultura. Em dezembro de 2012, após uma suspeita não confirmada de mal da vaca louca no Paraná, a China suspendeu a compra de carne do Brasil. Vale lembrar que o embargo comercial havia sido suspenso em julho do ano passado e retirado oficialmente em novembro/14, mas, para exportar, frigoríficos brasileiros necessitavam de uma habilitação do governo chinês.

Suínos: Preços iniciam recuperação

Os preços do suíno vivo e da carne têm subido com um pouco de força no mercado brasileiro. Esse cenário é observado depois de os valores terem registrado os menores patamares do ano entre o final de abril e início de maio. Segundo pesquisadores do CEPEA, a recuperação está atrelada principalmente à menor oferta, que reflete tanto a redução do volume produzido quanto a postura retraída de parte dos suinocultores.

A melhora pontual da demanda também influencia o cenário altista. Apesar da entrada da segunda quinzena, quando as vendas tendem a ser menores, indústrias e distribuidoras (do atacado e varejo) vêm buscando refazer os estoques, após o bom volume de vendas durante a semana do Dia das Mães. A chegada do frio em boa parte do País e a diferença recorde entre os preços das carnes suína e bovina também aparecem como estímulos à demanda.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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