Ao somarem 2.230 milhões de toneladas nos seis primeiros meses de 2022, as exportações brasileiras de carne de frango – considerado apenas o produto in natura – atingiram recorde histórico, superando em mais de 2% os 2.183 milhões de toneladas do segundo semestre do ano passado. Em relação a idêntico período de 2021, o aumento foi de praticamente 8%.
É incomum o volume do primeiro semestre de um exercício superar o que foi exportado no semestre imediatamente anterior, pois, em geral, os embarques do início do ano são fracos e retrocedem. Tanto que, anteriormente, o desempenho ora observado havia sido registrado em apenas duas ocasiões: em 2017 e em 2021. O registro atual, portanto, é o segundo consecutivo.
Analisado o comportamento semestral das exportações do produto in natura, observa-se que o pior momento foi registrado no primeiro semestre de 2018, ocasião em que o volume embarcado ficou limitado a 1.719 milhão de toneladas, resultado inferior aos alcançados, por exemplo, no primeiro semestre de 2013 e 2014.
Curiosamente, porém, no segundo semestre daquele ano (2018) o total exportado aumentou mais de 22%, atingindo volume – 2.103 milhões de toneladas – que permaneceu como recorde por cinco semestres consecutivos, ou seja, até o ano passado.
Em maio e junho, últimos dois meses do primeiro semestre de 2022, foram exportadas 800.720 toneladas de carne de frango in natura, volume correspondente a embarques diários de 18.621 toneladas.
Mantida essa média no segundo semestre (127 dias úteis), o total do período irá girar em torno dos 2,365 milhões de toneladas, 6% a mais que no semestre passado. O total anual, por sua vez, ficará próximo dos 4.6 milhões de toneladas, aumentando mais de 8% em relação a 2021.
