Caramuru inicia a comercialização de etanol hidratado de soja

A iniciativa da produção do biocombustível etanol, com a matéria-prima soja, é pioneira na indústria global – Imagem de macrovector_official no Freepik

A Caramuru Alimentos, uma das líderes no mercado de processamento de soja, milho, girassol e canola, anuncia que iniciou a comercialização do etanol hidratado de soja produzido em seu complexo industrial em Sorriso, no Mato Grosso.

“Estamos muito satisfeitos em anunciar que a Caramuru passa agora também a comercializar o etanol de soja. Essa nova atividade confirma o nosso espírito de sempre buscar soluções novas dentro do setor, ampliando a nossa atuação e ocupando espaços relevantes dentro do agronegócio”, diz o diretor presidente da Caramuru, Júlio Costa.

Segundo a empresa, a nova atividade atende uma tendência mundial. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), a demanda por biocombustíveis deve crescer cerca de 22% nos próximos quatro anos, o que equivale a 35 milhões de litros anuais durante o período de 2022 a 2027.

A iniciativa da produção do biocombustível etanol, com a matéria-prima soja, é pioneira na indústria global – as experiências atuais são a partir de cana-de-açúcar, milho ou beterraba. O etanol é produzido a partir do melaço de soja, resultante do processamento da proteína concentrada (SPC). Neste processo, ainda conforme a Caramuru, o potencial da matéria-prima é reaproveitado com alta eficiência energética, minimizando os impactos ambientais e maximizando o potencial da economia circular.

A unidade industrial instalada em Sorriso tem capacidade anual para 9,5 milhões de litros de etanol hidratado. Destes, 72% serão comercializados no mercado interno brasileiro e 28% serão consumidos na planta, como insumo.

Benefícios regionais e produção sustentável

De acordo com a companhia, a região também se beneficiará com o processo. A ampliação do complexo industrial da Caramuru em Sorriso envolveu a criação de 60 novos empregos diretos e 200 indiretos.

Além de girar a economia local, a unidade também tem um viés mais sustentável. Além de minimizar os impactos ambientais, a produção de etanol de soja na indústria reduz a dependência do combustível gerado por outras matérias-primas e evita novas emissões de CO2, além de aumentar a oferta de combustíveis não-fósseis.

Outro ponto levantado pela companhia é que a transformação do melaço em etanol representa um aumento do valor agregado do produto, o que reduz custos e aumenta receitas. Atualmente, as empresas precisam comprar etanol no mercado e utilizá-lo como solvente para produzirem o concentrado proteico. Com a produção própria de etanol, as indústrias de SPC conseguem eliminar a necessidade de compra do insumo.

Na unidade, a empresa já produz farelo de soja, óleo, lecitina e SPC. Ao processar a soja, serão produzidos simultaneamente energia elétrica (através da cogeração), biodiesel e etanol hidratado.

Outros usos dentro da indústria

O projeto é tido como pioneiro e foi financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação. A planta é uma das primeiras no Brasil e no mundo a produzir etanol de soja em escala comercial.

O etanol hidratado, além de ser usado como combustível para veículos, na sua forma pura, é também matéria-prima industrial, largamente utilizado na fabricação de perfumes, materiais de limpeza, solventes e tintas.

Fonte: NovaCana
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