Entidades representativas dos caminhoneiros, reunidas na assembleia geral extraordinária do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), realizada esta semana, anunciaram uma paralisação nacional no dia 1º de fevereiro para protestar contra os aumentos dos combustíveis.
A categoria também irá reivindicar um piso mínimo de frete para o transportador autônomo, aposentadoria especial, marco regulatório para o transporte e uma fiscalização mais atuante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Os caminhoneiros também estão insatisfeitos com o projeto BR do Mar, que incentiva a navegação de cabotagem.
As opiniões se dividem entre as entidades. O presidente da Cooperativa do Caminhoneiros Autônomos (Cooperlog) de Sinop (MT) não acredita na adesão dos motoristas de Mato Grosso. “Acredito que não vai ter adesão porque é a única época do ano em que o mato-grossense puxa bem (escoamento da safra e outros produtos). Ele não vai querer entrar numa greve numa época onde a produção é alta”, disse.
Segundo o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Feira de Santana e Região (Sintracam/BA), a orientação é que no dia 1º de fevereiro os caminhoneiros fiquem em casa. “Nas rodovias, só vai passar ônibus e carro pequeno. Caminhão não passa”, informaram os sindicalistas.
A última paralisação ocorreu em maio de 2018 e durou dez dias. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), na época, o Brasil perdeu, diariamente, cerca de R$ 10 bilhões.
Fonte: Agrolink
Equipe SNA