A colheita de café da safra brasileira 2016/17 foi indicada em 58% até 12 de julho. O número faz parte do levantamento semanal de Safras & Mercado para a evolução da colheita da safra. Tomando por base a última estimativa de Safras para a produção de café do Brasil em 2016/17, de 54.9 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 31.95 milhões de sacas até o dia 12. A colheita evoluiu 6% em relação à semana anterior.
A colheita está ligeiramente adiantada em relação a igual período do ano passado, quando 56% da colheita estava realizada. Na média dos últimos cinco anos, a colheita no período está em 59%.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Gil Barabach, o clima mais seco favorece os trabalhos e a colheita avança de forma mais consistente no Brasil. No caso do conilon, está chegando ao final. “O resultado do benefício reforça os sinais de quebra e pode levar a números de safra piores do que os imaginados, especialmente no Espírito Santo. No arábica, segue a discussão em torno do percentual de queda e a perda de qualidade com a chuvas em junho. A ideia gira entre 20% a 30% da safra do Sul de Minas e Mogiana comprometida com o excesso de umidade”, disse.
“E, por isso, cresce a expectativa de aumento na oferta de bebida rio e riada, que já começa a aparecer com mais volume no mercado”, comentou.
Abaixo, quadro detalhado com a estimativa de evolução da colheita da safra brasileira:
Comercialização da safra está em 31%
A comercialização da safra de café do Brasil 2016/17 (julho/junho) está em 31% da produção total estimada, relativa ao final de junho. O dado faz parte de levantamento de Safras & Mercado, e conta com números colhidos até 11 de julho.
Com isso, já foram comercializados pelos produtores brasileiros 17.22 milhões de sacas de 60 quilos de café, tomando-se por base a estimativa de Safras & Mercado, de uma safra 2016/17 de café brasileira de 54.9 milhões de sacas.
A comercialização está adiantada contra a média dos últimos 5 anos para este período, que é de 26%; e também contra 2015, quando o mês de junho terminou com 27% da safra comercializada.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Gil Barabach, a dinâmica do mercado, no entanto, já está direcionada à safra nova, onde o fluxo comercial andou mais acelerado ao longo do último mês de junho.
“O adiantamento dos trabalhos de colheita junto a preços mais altos levou a um maior interesse por parte dos produtores, o que deu vigor às vendas. Destaque, nesse começo de temporada, à agressividade da indústria local. E o ritmo de comercialização só não foi melhor devido às dúvidas produtivas, que seguram o ímpeto dos vendedores, especialmente das bebidas melhores”, disse.
Abaixo tabela com levantamento de comercialização da safra 2016/17, tomando-se por base a estimativa de Safras para a produção: