O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) – H5N1 – em aves silvestres no Brasil. O ato vale por 180 dias e é mais uma medida do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.
Até o momento, são oito casos confirmados em aves silvestres, sendo sete no estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim, e um no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. As aves são das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).
Mas o que pode impactar no mercado do milho? Segundo Ruan Sene, analista da Grão Direto, o mercado do milho até o momento não foi afetado. “É válido analisar um cenário mais trágico, em que o milho seria afetado diretamente, principalmente pela eliminação de várias plantas de frango, talvez pela diminuição ou rompimento de acordos comerciais de exportação. É claro que isso deixa o mercado um pouco aprensivo, mas até o momento não trouxe alarmes ou grandes consequências que prejudicasse e forma direta as cotações de milho. O que pode mudar esse cenário é o aumento exagerado do número de aves contaminadas e em primeiro momento, atingir plantas comerciais. Caso aconteça, pode ser que represente uma dose extra de risco para a situação e assim ter uma queda na demanda de milho”, salientou o analista.