Brasil registra recorde nas exportações de soja e mantém competitividade

O ano de 2019 começou com números elevados e importantes nas exportações do complexo soja do Brasil e assim continuam. No acumulado do ano, o total passa de 8.7 milhões de toneladas, contabilizando grão, farelo e óleo. Os dados são do último boletim da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Somente de soja em grão, nos 16 dias úteis de fevereiro, o Brasil já exportou 4.498.700 toneladas. A média nacional diária é de 281.200 toneladas, contra a já significativa média de janeiro de 97.900 toneladas, além de ser superior à de fevereiro do ano passado, de 159.100 toneladas.

“Já estamos com recorde histórico e mantendo este ritmo podemos fechar essa semana levando o mês a terminar com exportações de mais de 5.5 milhões de toneladas”, disse o consultor Vlamir Brandalizze.

No acumulado do ano foram exportadas 6.652.800 toneladas da soja em grão, com mais quatro dias úteis para serem contabilizados do mês corrente, contra as 4.400 milhões de toneladas do total de janeiro e fevereiro de 2018. “No acumulado do ano também seguimos batendo recorde”, afirmou Brandalizze.

De farelo de soja, o acumulado no mês chega a 773.900 toneladas, com média diária de 48.400 toneladas. Já de óleo de soja são 17.100 toneladas no acumulado de fevereiro.

Entre os derivados, os números são menores do que o ano passado, uma vez que em 2018 o Brasil conseguiu uma parcela destes derivados face à quebra de safra da Argentina e, consequentemente, uma menor oferta de ambos os produtos argentinos no mercado global.

Exportações x preços

E além da tendência de força mantida para as exportações brasileiras de soja, para Brandalizze os preços do produto brasileiro também deverão subir, mesmo havendo um acordo entre chineses e americanos, como disse em entrevista exclusiva ao Notícias Agrícolas.

“Parte da soja que foi embarcada em janeiro, que é venda do ano passado, já é da safra nova. Então estamos entregando soja da safra nova como se fosse da velha, sendo que a nova é menor. Isso é sinal de que há menos soja, menos para exportar, e isso é um fator positivo para as cotações”, disse o consultor.

Além disso, segundo Brandalizze, ainda que o consumo chinês seja crescente, inclusive o de proteínas animais, continuará a se refletir em uma procura maior pelo produto nacional, principalmente porque nesse momento a oleaginosa brasileira ainda é mais competitiva em termos de preço se comparada à americana.

Hoje, o produtor americano vende a tonelada de soja de US$ 410,00 a US$ 420,00 para o chinês, com a taxação dos 25%, enquanto o brasileiro vende por algo em torno de US$ 360,00/tonelada.

 

Notícias Agrícolas

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