“Temos de estimular mais a produção de transgênicos que ajudem no controle de pragas”. A afirmação é do coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Júlio Sérgio de Britto.
Segundo o técnico, o plantio de sementes geneticamente modificadas diminui a demanda por agroquímicos e facilita o manejo das lavouras. “A maioria dos transgênicos aprovados inicialmente foram para atender esse consumo [na soja, milho, arroz e algodão], e se tornou mais fácil e simples fazer o plantio dessas culturas”, disse ele em audiência na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados.
Britto foi convidado a representar o Mapa nesta reunião que discutiu os indicadores de desenvolvimento sustentável da agricultura no Brasil. De acordo com ele, a produção cairia pela metade sem o uso de defensivos para o controle de pragas. Observou ainda que “há uma busca maior de eficácia de produtos agrotóxicos e de novas tecnologias para controle de pragas, de defensivos naturais, biológicos”.
“Só neste ano tivemos 20 novos produtos biológicos para uso na agricultura, mas há uma necessidade de ter mais registros. Precisamos garantir que o nosso sistema de produção seja e continue a ser viável”, explicou. O técnico garante que o Mapa e os órgãos envolvidos na liberação e fiscalização de agroquímicos fazem um controle rigoroso do uso, sendo fiscalizadas de 16.000 a 17.000 propriedades anualmente.
“O Ministério se preocupa com isso (avaliação de risco para o produtor e para o aplicador). O sistema agrícola, hoje, é fundamentado na pesquisa dos últimos anos, em melhoramento genético, que agrega condições de alta produção e que requer níveis de correção de solo, de fertilização, de mecanização e defesa das pragas e doenças dessas culturas”, concluiu.
Fonte: Agrolink