O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo Moura, proferiu palestra sobre o algodão brasileiro no primeiro dia da Conferência Mundial de Moda da International Apparel Federation (IAF), realizada em dia 16 de outubro no Rio de Janeiro.
Na ocasião, Moura destacou a responsabilidade social deste produto do agronegócio. “Cerca de 81% dos produtores brasileiros têm certificação ABR, de âmbito nacional, e 71% têm também o BCI (Better Cotton Iniciative) de abrangência internacional”.
Segundo o presidente da Abrapa, o selo brasileiro ABR é muito mais exigente que o BCI, uma vez que as demandas trabalhistas e ambientais no Brasil são muito mais rigorosas do que no resto do mundo. Desta forma, quem consegue se certificar em ABR, já teria 100% de condições para ser também BCI, porém, nem todos vão atrás de duas certificações.
Contudo, o Brasil já é um grande fornecedor de algodão BCI, representando 30% de todo esse algodão no mundo. “O BCI tem enfoque na melhoria das condições de trabalho, na sustentabilidade de toda a produção e na rastreabilidade de cada lote, em cada colheita”, afirmou Moura.
Apesar dos avanços no campo, tanto em tecnologia quanto na qualidade, o algodão brasileiro, considerado tão bom quanto aos melhores padrões mundiais, vem perdendo mercado para as fibras sintéticas, não só no Brasil como em todo o mundo.
Em função disso, entidades internacionais do algodão e também a Abrapa estão empenhadas em recuperar mercado através da valorização do algodão, destacando suas qualidades naturais de maciez, não-alergênico e de sustentabilidade.
Lançada recentemente, a campanha da Abrapa “Sou de Algodão” efetivou parceria com uma das maiores redes de varejo, a C&A, e também com o maior evento de moda da América Latina, a SPFW. A campanha agora entrou na segunda etapa, incentivando confecções e estilistas no maior uso de tecidos de algodão.
Fonte: Expornews