Brasil é o quinto maior produtor de cacau com 90% de exportação

O cacau, que hoje é conhecido mundialmente, teve sua origem, segundo a história, com os astecas, no México, e os maias, na América Central, que foram os primeiros povos a cultivar o fruto. Fala-se ainda que, antes mesmos dos primeiros colonizadores espanhóis chegarem à América, o cacau já era cultivado pelos índios.

O fruto adquiriu seu espaço e foi ganhando importância econômica com a expansão do consumo de chocolate. Com isso, várias tentativas foram feitas visando à implementação da lavoura cacaueira em regiões com condições de clima e solo semelhantes às de origem. E assim, suas sementes foram se disseminando gradualmente pelo mundo.

Atualmente, falando em números, cerca de 90% de todo o cacau brasileiro é exportado, gerando divisas para o país. No período 1975/1980, o cacau gerou US$ 3.618 bilhões. O Brasil é quinto produtor de cacau do mundo, ao lado da Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões. Em 1979/80, a produção brasileira de cacau ultrapassou as 310.000 toneladas.

O cacaueiro, que é uma planta estimulante, tropical, pertence à família das Esterculiáceas. A espécie é encontrada em seu habitat, nas Américas, tanto nas terras baixas, dentro dos bosques escuros e úmidos sob a proteção de grandes árvores, como em florestas menos exuberantes e relativamente menos úmidas, em altitudes variáveis, entre 0 e 1.000 metros do nível do mar.

Do fruto do cacaueiro se extraem sementes que, após sofrerem fermentação, transformam-se em amêndoas, das quais são produzidos o cacau em pó e a manteiga de cacau. Em fase posterior do processamento, obtém-se o chocolate, produto alimentício de alto valor energético.

Envolvendo as sementes, há um grande volume de polpa mucilaginosa, branca e açucarada, com a qual se produzem sucos, refrescos e geleias. Da casca extrai-se a pectina, que após simples processamento mecânico se transformam em ração animal, ou ainda, por transformações biológicas, pode ser usada como fertilizante orgânico.

Mercado

Segundo dados da Conab, fevereiro foi um mês de recuperação de todas as perdas ocorridas no mês anterior. Já em  janeiro houve sucessivas quedas na cotação. Essas baixas foram causadas, principalmente, pelo pessimismo do mercado frente às divulgações das quantidades processadas de cacau no último trimestre de 2014 nos principais mercados do mundo, que indicou um enfraquecimento no consumo.

Logo, em fevereiro, as compras especulativas motivadas pelos rumores de uma possível queda na safra de Gana, fizeram com que os preços voltassem a patamares próximos aos US$ 3.000,00 a tonelada de cacau.

Quanto ao andamento da atual safra internacional, que encerrará em setembro, as principais consultorias de mercado do mundo continuam na já costumeira divergência quanto à possibilidade de superávit ou déficit na produção. O fato concreto é que no momento atual é quase impossível prever tal resultado. Oque se sabe é que oferta e demanda continuará caminhando próximas nesta safra 2014/15.

 

Fonte: Agrolink

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