Cana: BP Bunge, FG/A e hEDGEpoint veem moagem acima de 600 mi t em 2023/24 e 2024/25

 

Produto segue se mostrando mais vantajoso financeiramente – Imagem de Corinna Schenk por Pixabay

A produção de cana-de-açúcar no Brasil deve terminar o ciclo atual e iniciar o próximo com bons números de produção e produtividade, além de um foco industrial direcionado ao açúcar, produto que segue se mostrando mais vantajoso financeiramente.

Durante a sexta edição da Conferência NovaCana, ocorrida no início de setembro, a visão de três profissionais chegou a estas mesmas conclusões, com expectativas de moagem de cana nas temporadas nacionais 2023/24 e 2024/25 acima das 600 milhões de toneladas.

Para a gerente sênior de inteligência de mercado da BP Bunge Bioenergia, Luciana Torrezan, o clima brasileiro está “excelente”, permitindo que a produtividade agrícola da cana atinja níveis recordes e se mantenha assim. Ela completa: “Geralmente, em julho e agosto, vemos a produtividade caindo; neste ano, isso não está ocorrendo ou está caindo pouco”.

De acordo com ela, parte da motivação destes resultados é a maior quantidade de cana de primeiro corte. Ainda assim, a gerente reforça que, em todos os estágios, a produtividade da cana está “muito boa”.

Por mais que a estimativa da BP Bunge seja de cerca de 650 milhões de toneladas de cana disponíveis na safra 2023/24, Torrezan pontua que não será possível moer todo este volume devido à limitação na utilização de capacidade de moagem.

Desta forma, ela assume que as usinas trabalharão até dezembro, em um cenário semelhante ao do ciclo 2015/16. “Naquela safra, também teve El Niño, uma grande disponibilidade de cana e muita cana bisada”, recorda.

O grupo sucroenergético prevê que 629 milhões de toneladas serão processadas em 2023/24. Com um direcionamento de 48,5% da matéria-prima para o açúcar, a BP Bunge acredita em uma produção de 40,3 milhões de toneladas da commodity, além de 32,3 bilhões de litros de etanol, sendo 5,9 bilhões advindos do milho.

Fonte: NovaCana
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