Boi: Relação de troca atual é a mais desfavorável da história ao terminador
Dados do CEPEA mostram que a atual relação de troca de arrobas de boi gordo por bezerro é a mais desfavorável ao terminador, considerando-se toda a série histórica. Na média da parcial de abril (até o dia 13), o pecuarista terminador do estado de São Paulo precisa de 9,89 arrobas de boi gordo (Indicador CEPEA/BM&F) para comprar um animal de reposição em Mato Grosso do Sul (Indicador ESALQ/BM&FBovespa, nelore, de 8 a 12 meses), 5,72% a mais que em março e 5,74% acima do registrado em abril do ano passado. Trata-se, também, da maior quantidade já necessária de arrobas para aquisição de um animal de reposição. Levantamento do CEPEA indica que os preços do boi e do bezerro são recordes e seguem em alta, mas os do animal de reposição sobem com mais intensidade que os do animal para abate. Com disso, muitos terminadores consultados pelo CEPEA mostram cautela na compra de novos lotes de bezerro, mesmo diante dos elevados preços da arroba do boi gordo.
Suínos: Depois de cair com força em março, preço dispara em abril
Após terem caído de forma consecutiva ao longo de março, os preços do suíno vivo e da carne negociada no atacado apresentam forte movimento de recuperação nesta primeira metade de abril. Segundo pesquisadores do CEPEA, no caso do animal vivo, as altas são verificadas no mercado independente de todas as regiões acompanhadas e estão atreladas à maior demanda por novos lotes para abate por parte da indústria. Além de a demanda doméstica por carne suína ter apresentado certo aquecimento, os embarques da proteína in natura seguem intensos neste mês. Quanto à carne, o preço reduzido da proteína favoreceu as vendas na ponta final, permitindo que agentes reajustassem positivamente as cotações no atacado.