Boi: Carne bovina segue em alta neste mês
A carne bovina negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo vem registrando consecutivas altas ao longo deste ano. Segundo pesquisadores do CEPEA, em outubro, nem mesmo a recessão econômica, a redução do auxílio governamental e a consequente diminuição no poder de compra de parte da população freiam o movimento de alta nos valores da carne.
Nessa quarta-feira, 14, a carcaça casada do boi foi comercializada a R$ 17,08/kg, à vista, alta de 2,70% no acumulado da parcial de outubro. Além da menor oferta de boi gordo pronto para o abate, as exportações aquecidas também influenciam as altas nos preços internos da carne, à medida que mantêm enxuta a disponibilidade doméstica de carcaça.
Suínos: Outubro avança e preços seguem em alta
A oferta ainda restrita de animais em peso ideal para abate e o aumento na demanda por parte de frigoríficos seguem elevando os preços do suíno vivo nestas primeiras semanas de outubro. Diante disso, pesquisadores do CEPEA ressaltam que este mês já vem sendo marcado pelo quinto período a registrar movimento consecutivo de alta nos preços do animal, que renovam os recordes reais em muitas praças e os nominais em outras. No mercado da carne, colaboradores do CEPEA apontam dificuldades em seguir repassando as altas do vivo para as carcaças e os cortes, uma vez que os preços elevados começam a gerar resistência por parte dos consumidores, limitando a liquidez.
Segundo o CEPEA, nesta última semana a carcaça especial suína se valorizou 2,90% no mercado atacadista da Grande São Paulo, negociada a R$ 12,09 o quilo no dia 13. A liquidez do mercado de carnes segue limitada, já que o setor vem encontrando dificuldades para repassar o alto custo do animal vivo para as carcaças e os cortes.
O CEPEA informou, ainda, que no mercado independente de suínos o animal se valorizou 4,30% no período de 6 a 13 de outubro, na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), atingindo a R$ 8,45 o quilo na terça-feira (13). Em Patos de Minas (MG), o animal foi negociado a R$ 8,49 o quilo, alta de 3,60% no período. Já na Serra Gaúcha (RS), o preço ficou em R$ 7,79/kg no dia 13, alta de 5,10% em relação a sete dias atrás. Segundo o CEPEA, no Oeste catarinense, a alta foi de 3,90%, com média de R$ 8,43/kg no dia 13. Por fim, no Sudoeste paranaense, a alta foi de 4,40% no período de 6 a 13 de outubro, com o suíno sendo comercializado a R$ 8,25/kg.