Boi
Os preços do boi gordo que vinham subindo desde o começo do semestre, recuaram nos últimos dias, segundo levantamentos do CEPEA.
Após registrar a sua máxima nominal aos R$ 352,65 na última quarta-feira, 27, o Indicador CEPEA/B3 perdeu força dia após dia, fechando aos R$ 336,40 nessa terça-feira, 3, queda de 4,40% em relação à terça anterior.
Pesquisadores do CEPEA explicam que esse enfraquecimento do mercado físico esteve atrelado à forte e repentina queda no mercado futuro do boi (B3). Assim, mesmo sem mudanças no mercado atacado da carne, frigoríficos pressionaram, e as cotações do boi caíram.
Além disso, assustados com os preços menores no mercado futuro, pecuaristas que estavam aguardando para vender acabaram colocando os lotes no mercado spot, gerando alguma concentração da oferta e facilitando o alongamento das escalas nos preços mais baixos, ainda segundo pesquisadores do CEPEA. No entanto, sem ver mudança dos fundamentos, muitos pecuaristas se afastaram das negociações e aguardam uma melhor definição.
Suínos
As cotações praticadas no setor suinícola brasileiro caíram nos últimos dias, interrompendo o movimento de alta registrado desde a segunda quinzena de agosto. Pesquisadores do CEPEA explicam que a pressão sobre os preços veio da menor liquidez.
As indústrias reduziram o ritmo de compra de novos lotes de suíno vivo para abate, atentos ao enfraquecimento nas vendas de carne no atacado. Apesar desse cenário, parte dos suinocultores consultados pelo CEPEA se mostra otimista com o mercado para as próximas semanas, fundamentada nos pagamentos de salários e de uma parcela do 13º e no típico aumento na demanda pela proteína nas festas de final de ano.