Boi: Demanda aquecida aumenta o preço da carne

Do lado da oferta, alguns frigoríficos relatam dificuldades em preencher as escalas de abate – Imagem de skdatastream por Pixabay

Boi

Os preços da carne bovina seguem em alta em dezembro. Segundo pesquisadores do CEPEA, o impulso vem demanda interna aquecida, como normalmente acontece nesse período do ano, quando varejistas formam estoques para atender às festas de final de ano. Além disso, as exportações de carne bovina in natura se mostram intensas neste mês. A média diária está em 8.850 toneladas embarcadas, contra 6.940 toneladas em dezembro/22, segundo dados da Secex.

Do lado da oferta, alguns frigoríficos relatam dificuldades em preencher as escalas de abate, o que, consequentemente, limita a oferta de carne ao atacado.

Na parcial de dezembro (até o dia 19), a média da carcaça casada bovina está próxima dos R$ 17,00/kg no mercado atacadista da Grande São Paulo. O traseiro voltou a ser negociado acima de R$ 20,00/kg nesta semana também no atacado da Grande SP. Nessa terça-feira, 19, fechou na média de R$ 21,02/kg, forte alta de 6% no mês e a maior cotação nominal desde maio deste ano.

Suínos

Levantamentos do CEPEA mostram que os preços da carne suína vêm subindo com maior intensidade em relação à bovina e à de frango, resultando em perda de competitividade dessa proteína em relação às concorrentes.

De novembro a dezembro (parcial até o dia 19), a carcaça especial suína se valorizou expressivos 4,90%, com a média subindo para R$ 10,34/kg. No mesmo período, o frango inteiro resfriado subiu 1% para R$ 7,24/kg, e a carcaça casada bovina, 1,70% para R$ 16,98/kg, todos no atacado da Grande São Paulo.

Assim, a diferença entre as cotações da carcaça bovina e as da especial suína diminuiu 3%, caindo de R$ 6,85/kg em novembro para R$ 6,64/kg em dezembro, o que indica perda de competitividade da carne suína. Em relação à de frango, houve um aumento de 15,60% na diferença dos preços entre as duas proteínas.

Fonte: CEPEA
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