Boi: Cautelosos, pecuaristas resistem à pressão de frigoríficos

Embora o foco seja comercializar animais prontos para abate nesse período de início de ano, pecuaristas não estão dispostos a aceitar preços que considerem baixos – Imagem de wirestock no Freepik

Boi

A cautela tem predominado no mercado interno de boi gordo ao longo de janeiro, segundo indicam pesquisadores do CEPEA. Embora o foco seja comercializar animais prontos para abate nesse período de início de ano, pecuaristas não estão dispostos a aceitar preços que considerem baixos. Assim, optam por vender apenas uma pequena parte diante da necessidade de caixa.

Além disso, em várias regiões acompanhadas pelo CEPEA, as chuvas estão mais frequentes e as pastagens estão se recuperando, dando mais tempo para a comercialização. Como resultado, tem sido pequeno a queda dos preços dos animais voltados para o mercado doméstico mesmo neste mês de consumo de carne bovina tradicionalmente enfraquecido, demonstrando a resistência à pressão dos frigoríficos.

Suínos

O suinocultor paulista perdeu poder de compra em relação ao milho, segundo relatório do CEPEA antecipado ao Broadcast Agro. Na parcial de janeiro (até o dia 23), o animal foi negociado a uma média de R$ 6,84 por quilo na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), queda de 2,10% em relação a dezembro. Já a saca de 60 quilos do milho é vendida a R$ 67,13, em média, em leve alta de 0,50% em relação a dezembro, segundo o indicador CEPEA, base Campinas (SP). Com isso, é possível adquirir 6,12 quilos de milho com a venda de 1 quilo de animal pelo suinocultor paulista, queda de 2,70% em relação ao adquirido em dezembro do ano passado.

Segundo o CEPEA, a queda no preço do suíno vivo é provocada pela oferta elevada e demanda final enfraquecida, o que afastou os frigoríficos da aquisição de lotes de animais. O CEPEA também indica que os preços internos do milho perderam força nesses últimos dias e passaram a cair, pressionados pela menor demanda e pela flexibilidade de parte dos vendedores. Além disso, os preços externos em queda reforçam a pressão sobre as cotações domésticas.

Porém, o poder de compra do suinocultor paulista aumentou em relação ao farelo de soja. No mercado de lotes de Campinas (SP), o derivado é negociado a uma média de R$ 2.233,99/tonelada para o suinocultor paulista, queda de 5,70% em relação a dezembro. Com isso, o produtor consegue comprar 3,06 quilos de farelo, volume 3,60% maior que no mês anterior.

A Equipe Grãos/CEPEA estima que os compradores têm estoques de farelo para médio prazo e preferem aguardar para realizar novas compras, na expectativa de adquirir lotes a preços menores nas próximas semanas, devido ao avanço da colheita da soja.

Fonte: CEPEA
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