Boi: Atual cenário pode motivar confinadores

A alta do preço do animal somada ao atual cenário de preços de importantes insumos, como boi magro e milho, podem incentivar os confinadores a produzir um pouco mais do que no ano passado – Imagem de wirestock no Freepik

Boi

A queda da oferta de animais prontos para o abate, a baixa disponibilidade de pastagem neste período do ano e o dólar valorizado têm sustentado as cotações da arroba neste começo de 2º semestre. Segundo pesquisadores do CEPEA, a alta do preço do animal somada ao atual cenário de preços de importantes insumos, como boi magro e milho, podem incentivar os confinadores a produzir um pouco mais do que no ano passado.
A intenção em aumentar ou não o número de animais para engorda tem bastante influência também das cotações futuras do boi gordo (receita) na B3. Os ajustes indicam preços 6,50% maiores que os atuais para outubro/24 e cerca de 10% acima de novembro/24 e dezembro/24. Quanto ao boi magro, levantamento do CEPEA indica uma tendência de queda desde fevereiro/21, caindo desde então 41,10% do seu valor em termos reais.
Para o milho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) fechou a R$ 57,02/saca de 60 kg em junho, queda de 13,50% em relação ao de janeiro, também em termos reais. No mesmo comparativo, o boi (Indicador CEPEA/B3) se desvalorizou 12,40%, com a média caindo para R$ 220,70.

Suínos

Os preços do suíno vivo e da carne iniciam julho em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo CEPEA. Segundo pesquisadores, as altas mais intensas do vivo no mercado independente nos últimos dias foram registradas nas praças do Sul do País.
Produtores locais consultados pelo CEPEA afirmam que o cenário altista se deve à menor oferta de animais em peso ideal para abate e à demanda externa aquecida pela proteína brasileira. Os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são os três maiores exportadores de produtos de origem suinícola. Além disso, colaboradores do CEPEA relatam que alguns frigoríficos mineiros e paulistas estão mais ativos no mercado, intensificando a aquisição de lotes extras de animais.
No mercado atacadista, pesquisas do CEPEA informam que o comportamento de preços da carne tem acompanhado o ritmo de alta do vivo, indicando uma demanda doméstica aquecida; o pagamento de salários de grande parte da população ocorre ainda nesta semana, elevando o poder de compra do consumidor.
Fonte: CEPEA
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