Biofuturo quer ampliar presença de biocombustíveis na matriz energética mundial

Ministros e representantes de entidades de 20 nações – Argentina, Brasil, Canadá, China, Dinamarca, Egito, Finlândia, França, Índia, Indonésia, Itália, Marrocos, Moçambique, Países Baixos, Paraguai, Filipinas, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Uruguai – se reuniram para o lançamento da “Plataforma do Biofuturo”, na tarde desta quarta-feira, 16 de novembro, durante a Conferência do Clima (COP22), realizada no Marrocos.

A iniciativa pretende promover, de forma flexível e dinâmica, a cooperação e o diálogo entre governos, indústrias, academias, organizações internacionais, instituições financeiras e outras partes interessadas em acelerar o desenvolvimento e expansão sustentáveis dos biocombustíveis avançados de baixo carbono na matriz energética global e a bioeconomia.

Entre os presentes ao evento estavam: o diretor geral da FAO, José Graziano; o diretor geral da Irena, Adnan Amin; o diretor da Unido, Li Yong; o presidente da IEA, Paul Simons; a CEO da SE4ALL, Rachel Kyte; o CEO da WBCSD, Peter Bakker; o diretor da ABBI, Celso Fiori e a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, que em seu discurso exaltou a disposição do setor sucroenergético brasileiro em cooperar para o êxito do projeto.

“Nós estamos prontos para prover demandas mundiais de biocombustíveis sustentáveis. Estamos preparados para fazer o melhor e ainda mais”, afirmou.

Também participaram da cerimônia os ministros José Sarney Filho (Meio Ambiente) e Blairo Maggi (Agricultura), além do embaixador José Antonio Marcondes, subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia.

 

ESTRATÉGIA

A Plataforma é estratégica para o cumprimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris. No caso do Brasil, o plano para os próximos 14 anos prevê o corte de 43% das emissões domésticas de GEEs. Para 2030, a intenção é alcançar o índice de 18% de biocombustíveis sustentáveis (etanol e biodiesel) na matriz energética e o aumentar de 10% para 23% no uso de energias renováveis (solar, eólica e biomassa) na matriz elétrica.

Os objetivos principais da Plataforma do Biofuturo são:

  • Promover a colaboração internacional e o diálogo entre decisores políticos, indústria, academia e outras partes interessadas;
    • Facilitar um ambiente propício para investimentos avançados de baixo carbono e investimentos relacionados à bioeconomia;
    • Aumentar a conscientização e compartilhar a análise sobre o status, o potencial e as vantagens atuais dos combustíveis de baixo carbono e outros desenvolvimentos avançados de bioeconomia;
    • Promoção de estudos e análises de ações, práticas políticas e informações sobre atividades e necessidades de pesquisa e desenvolvimento;
    • Discutir como efetivamente avaliar, compartilhar e promover práticas sustentáveis para a produção de biomassa e todo o ciclo de vida da cadeia de valor.

 

Fonte: Unica

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