Especialistas internacionais estão avaliando o banimento do glifosato como prejudicial e desafiador para a produção de soja brasileira no próximo ciclo. O norte-americano Michael Cordonnier, presidente da Corn and Soybean Advisory, salientou a concorrência do Brasil com os Estados Unidos e disse acreditar que a situação será revertida.
“Um juiz substituto em uma espécie de agência do tipo proteção ao consumidor declarou que o glifosato é um perigo. Agora há uma janela de 30 dias antes que isso entre em lei. Meu palpite é – e isso é apenas um palpite – será alguma medida de emergência”.
Os norte-americanos discutem também a possibilidade de aumento de 5% da área de soja plantada para a safra 2018/2029 e as possíveis consequências que a proibição do defensivo pode causar. Além disso, eles salientam que o glifosato é um dos herbicidas sintéticos mais utilizados pelos agricultores brasileiros.
“Eu estou olhando para um aumento de 3% a 4%, algumas pessoas dizem 5%, mas esse aumento depende de outros fatores também. Há muitas coisas acontecendo no Brasil. Por exemplo, o país enfrenta taxas de quadros mais altas de uma recente greve de caminhoneiros. Isso levou a atrasos na entrega de fertilizantes”, disse Cordonnier.
Ao concluir, o especialista criticou a suspensão do defensivo e afirmou que é muito provável que o Brasil, mesmo aumentando a área cultivável, produza menos soja do que o ano passado, sem conseguir superar os EUA. “Alguns agricultores vão plantar soja com menos fertilizantes, talvez sem fertilizantes”.
Fonte: Agrolink