A reunião reforçou a importância do setor agropecuário para a economia brasileira e destacou medidas e planos para apoiar o sul e o desenvolvimento do setor
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados recebeu, nesta quarta-feira (22), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para discutir as prioridades da pasta para 2024. A reunião, solicitada pelo presidente da CAPADR, deputado Vicentinho Júnior (PP-TO), contou com a participação ativa dos integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que fizeram diversas cobranças importantes para o setor agropecuário brasileiro.
O deputado Vicentinho Júnior aproveitou a ocasião para anunciar sua saída da presidência do colegiado, destacando a importância da comissão para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. “A CAPADR tem os melhores consultores que esta casa pode oferecer em soluções para o nosso país”, afirmou Vicentinho. Ele também ressaltou a necessidade de respeito ao direito de propriedade rural, enfatizando a recente aprovação do PL 709/23 que protege os proprietários contra vandalismo e invasões.
Evair de Melo (PP-ES), que sucederá Vicentinho na presidência da CAPADR, elogiou o trabalho de seu antecessor e destacou os desafios que enfrentará à frente da comissão. “Para mim, será um desafio imenso dado a responsabilidade da pauta legislativa construída aqui”, afirmou o parlamentar.
Cobranças e demandas da FPA
Tião Medeiros (PP-PR) destacou a importância do status sanitário da febre aftosa para o Brasil e cobrou mais ações do ministro. Ele também manifestou preocupação com a situação do Rio Grande do Sul, que sofreu com enchentes. “Embora eu seja paraense, me solidarizo com a situação do Sul. O Paraná tem uma dívida muito grande com os gaúchos”, disse o parlamentar, sugerindo a inclusão do Rio Grande do Sul no Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD).
Já o deputado Sérgio Souza (MDB-PR) destacou a importância do Ministério da Agricultura na economia brasileira e questionou as consequências da quebra de safra. “Isso trará um impacto muito grande na economia brasileira e no emprego. O produtor rural está com dificuldades de pagar suas contas”, afirmou Souza. Ele também enfatizou a necessidade de juros mais atrativos no novo Plano Safra e defendeu a inclusão do Seguro Rural dentro dos recursos do Tesouro Nacional, sem contingenciamento.
O deputado Afonso Hamm (PP-RS) defendeu os agricultores gaúchos, expressando receio com uma possível importação de 1 milhão de toneladas de arroz, tida como excessiva ante os 7,3 milhões produzidos no Rio Grande do Sul. “Quando faltar, lá na frente, quando terminar o estoque, quem sabe em janeiro ou fevereiro. Isso traz uma angústia, uma preocupação e inclusive um grande prejuízo”, pontuou o parlamentar. O ministro Fávaro respondeu que a importação será avaliada conforme as perdas da safra atual e garantiu que o volume importado será controlado para evitar especulação e proteger os produtores brasileiros.
Planos do ministério para 2024
O ministro Carlos Fávaro apresentou um resumo das ações realizadas nos últimos 500 dias de gestão e detalhou os planos para o próximo ano. Ele destacou o sucesso do Plano Safra 2023, que foi o maior da história do Brasil, e as iniciativas de apoio à comercialização de produtos como trigo, borracha e milho. Fávaro também anunciou a transferência itinerante do Ministério da Agricultura para o Rio Grande do Sul na próxima semana, como resposta às recentes enchentes que afetaram o estado.
FPA em parceria com redação da SNA, atualizado às 12:55