Balanço das exportações de carne de frango em 12 meses

Nos 12 meses encerrados em abril de 2016 o volume de carne de frango exportado pelo Brasil aumentou pouco mais de 11%. Mas como o preço médio dos quatro itens exportados recuou acima de 17%, a receita cambial daí proveniente continuou negativa, apresentando redução superior a 8%.

Nesse processo de redução de preço (e, por decorrência, de receita – que o aumento de volume ainda não conseguiu reverter), o que mais chama a atenção é o retrocesso experimentado pelos cortes de frango: 22,66% a menos, contra, por exemplo, redução de apenas 5,71% do frango inteiro. O que faz com que, na média dos 12 meses analisados, os cortes alcancem valor médio 4% inferior ao do frango inteiro – fato inusitado na história das exportações, mas que vem se repetindo nos últimos tempos.

O efeito disso só não é pior porque o maior crescimento nas vendas (+16%) vem recaindo sobre os cortes, fazendo com que representem perto de 60% do volume total exportado (o frango inteiro fica com quase 33% e industrializados e carne salgada com cerca de 4% cada um).

Mas em função do preço menor, a participação dos cortes na receita cambial da carne de frango atinge índice ligeiramente menor, de 56%. O frango inteiro responde por 32% da receita total e cortes e carne salgada pelos 12% restantes.

Detalhe: nos dois últimos meses (março e abril), após 10 meses consecutivos de preços inferiores, os cortes voltaram a registrar preço superior ao do frango inteiro. É uma tendência que deve se firmar, mas, que por ora, ainda é incipiente: diferença, a mais, para os cortes, de apenas 4%, quando a média histórica aponta valores próximos de 20% e picos com diferenças não muito distantes dos 40%.

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Desempenho federativo brasileiro na exportação de carne de frango

Os dados da SECEX/MDIC relativos ao primeiro quadrimestre de 2016 apontam que, no período, o Paraná, estado líder na produção e exportação de carne de frango, respondeu por mais de um terço do volume e da receita cambial do setor. E, junto com Santa Catarina e Rio Grande do Sul, garantiu que volume e receita da Região Sul continuassem correspondendo a 75% do total nacional.

Mesmo assim, o Sul foi, na prática, a única região brasileira a fechar o quadrimestre com recuo na receita cambial. No Sudeste a receita apresentou redução de apenas 0,21%, mantendo-se praticamente estável, enquanto nas demais regiões foi registrado crescimento.

Aliás, por falar em redução, é interessante notar que apenas uma unidade federativa brasileira apresentou redução no período: o Distrito Federal. Porém, considerada a proximidade geográfica entre DF e Tocantins, é fácil concluir (pelo índice de expansão registrado no Tocantins) que se trata, apenas, de adequação logística por parte de empresa atuante nas duas UFs.

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Fonte: AviSite

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