Balança comercial atinge superávit recorde em março de 2023

 

Março de 2023 registrou o maior superávit da balança comercial para o período, sendo 37,7% maior que o mesmo período de 2022. O bom resultado – o melhor da balança comercial brasileira, no período, desde 1989 – foi puxado pelo aumento das exportações de petróleo, milho e soja, pela recuperação de embarques no setor agropecuário, que estavam atrasados em fevereiro e pelo maior número de dias úteis no mês.

Com isso, o primeiro trimestre do ano acumula superávit de US$ 16,068 bilhões significando 29,8% a mais que o registrado no primeiro trimestre do ano passado. Os dados foram divulgados essa semana pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Em valores, o Brasil vendeu US$ 33.06 bilhões para o exterior e comprou US$ 22.104 bilhões. Ao todo, a diferença entre exportação e importação foi de US$ 10,956 bilhões de saldo positivo para o País. Em termos estatísticos, as exportações subiram 7,5% em relação a março de 2022, pelo critério da média diária, e as importações caíram 3,1% pelo mesmo critério.

A alta nas exportações foi ocasionada por aumento real nas vendas e não por aumento nos preços internacionais das mercadorias. No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 18,5% na comparação com março do ano passado, mas os preços médios recuaram 5,6%. Nas importações, a queda de 3,7% nas vendas refletem uma desaceleração na economia brasileira e um aumento dos preços médios internacionais de 2,4%.

Entre os produtos agropecuários que integram a alta das exportações estão o arroz com casca (+457,4%), milho não moído, exceto milho doce (+6.138,9%) e soja (+8,9%). Na indústria de transformação, as maiores altas ocorreram em carnes de aves (+23,1%), açúcares e melaços (+39,8%) e farelos de soja e outros alimentos para animais (+37,3%). O crescimento compensou a queda em produtos, como café (-30,2%) e algodão bruto (-62,7%).

Nas importações, as maiores quedas na agropecuária foram em milho não moído (-84,8%) e soja (-77,1%). Na indústria extrativa: queda em inseticidas e defensivos agrícolas (-39,3%).

Por Equipe SNA
Fonte: Canal Rural
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