A SNA vem acompanhado diretamente, desde o ano passado, novos estudos e pesquisas junto a alguns setores da Embrapa, como a soja. Dessa vez, abordaremos o trigo com Rogério Borges, analista de transferência de tecnologia da Embrapa.
Rogério Borges diz que “hoje temos cultivares BRS de trigo tipo pão e tipo melhorador para atender às demandas do mercado da região Meridional do Brasil. Essas cultivares podem ser usadas na fabricação de pães e em misturas de farinhas mais fracas”.
A pesquisa tem aprimorado, ainda, tecnologias como rotação de culturas, manejo adequado do solo, controle integrado de pragas, controle químico de doenças e zoneamento agroclimático, que dão suporte à produção de trigo, minimizando os riscos de perdas.
“O trigo é uma cultura de grande importância para a sustentabilidade da produção de grãos. O fato do seu cultivo ocorrer nos meses de outono e inverno representa uma oportunidade para os agricultores melhorarem a qualidade do solo, aumentarem seus rendimentos e diluírem os custos fixos da propriedade”, afirma Borges.
Avanços genéticos
Ao longo das duas últimas décadas, o avanço na genética das cultivares de trigo trouxe melhorias, tanto em qualidade do grão quanto na facilidade para o manejo da cultura. As características das cultivares favorecem tanto a indústria moageira (pães, massas e biscoitos)r quanto a indústria de proteína animal (carne, leite, ovos). “Hoje temos cultivares BRS de trigo tipo pão e tipo melhorador para atender às demandas do mercado da região Meridional do Brasil. Essas cultivares podem ser usadas na fabricação de pães e em misturas de farinhas mais fracas”, diz o analista Rogério Borges.
Mercado
A área semeada com trigo no Brasil foi de 3,4 milhões de hectares, na safra 2023/2024, com uma produção de 8 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da Conab. O Paraná (3,6 milhões de toneladas) e o Rio Grande do Sul (2,8 milhões de toneladas) respondem por 75% da produção nacional.
Com relação ao consumo doméstico de trigo, no Brasil, na safra 2023/2024, foram utilizados 12 milhões de toneladas, havendo necessidade de importar o cereal para suprir a demanda interna, segundo levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).