Aumenta o número de empregos no agronegócio brasileiro

O agronegócio brasileiro continua em expansão. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2022 o número de empregos no setor somou 18.97 milhões, maior índice desde 2015. As taxas anteriores de ocupação foram: 19,04 milhões (2015), seguidos por 18,46 milhões (2016), 18,18 milhões (2017), 18,23 milhões (2018), 18,39 milhões (2019), 17,48 milhões (2020), 18,46 milhões (2021) e 18,97 milhões (2022). O aumento no número de pessoas ocupadas no agronegócio em 2022 foi de 2,76% frente ao de 2021 e de 8,52% em relação ao de 2020. Ao todo, o percentual de população ocupada no agronegócio representa 19,35% de toda população ocupada no Brasil.

Para os empregados com e sem carteira assinada no setor, os crescimentos foram, respectivamente, 8,3% (quase 548 mil pessoas) e 9,9% (mais de 312 mil pessoas). O segmento que mais contribuiu para o aumento de empregos com e sem carteira assinada foi o de agrosserviços. Foram contratadas 237.01 mil pessoas com carteira assinada e 159.98 mil trabalhadores informais.

A criação de empregos no setor do agronegócio se refletiu, especialmente, no estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rondônia. Os quatro estados apresentaram taxas de desemprego menores que 4% segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS. O desempenho para o setor reflete o crescimento observado para os segmentos de insumos, as indústrias e os agrosserviços.

A produção de grãos puxou os índices em três dos quatro estados citados e deve elevar ainda mais. Em 2023, segundo o IBGE, a safra de grãos no país deve bater novo recorde e ultrapassar 300 milhões de toneladas. Os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul fecharam 2022 com taxas de desocupação de 3,5% e 3,3%, respectivamente, e Rondônia, líder na taxa de desemprego (3,1%). Já Santa Catarina, o segundo estado brasileiro com menor taxa de desemprego (3,2%), tem economia mais diversificada, dividida de forma regional. No Oeste, a indústria alimentícia e o agronegócio são destaques. No Norte, a indústria têxtil e no Sul, o turismo, a tecnologia, a cerâmica e a indústria de móveis alavancam a economia.

Em comum, todos os estados com maiores taxas de emprego se ressentem da qualificação da mão de obra, fator observado na pesquisa do Cepea.  O maior crescimento foi a de vagas preenchidas entre a população ocupada sem instrução – 11,30% – em relação a 2022 (862.705) no comparativo com 2021 (775.119).  Entre trabalhadores com apenas o Ensino Fundamental houve retração de 0,36¨% no comparativo 2021-2022.  A contratação dos trabalhadores com Ensino Médio completo, no mesmo período comparado, aumentou 4,51%, e a dos funcionários com Ensino Superior aumentou 4,09%.

Fonte: AgroNews, Metrópoles, Cepea, Governo do Estado de Rondônia
Por Equipe SNA
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