Apesar do recente recuo das cotações futuras do milho na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços do cereal no mercado doméstico devem se manter elevados nos próximos meses, avaliou o diretor presidente da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, durante teleconferência com analistas sobre os resultados da companhia no terceiro trimestre de 2016, realizada há pouco. “Os preços devem se manter significativamente acima dos valores do mercado internacional. A quebra no Brasil (na última safrinha, de inverno) vem inibindo as exportações do cereal e, até a entrada da safra brasileira, os preços no mercado doméstico tendem a permanecer altos e bastante voláteis”, declarou Pavinato.
Com relação à soja, o executivo lembrou que as cotações futuras da oleaginosa em Chicago têm se mantido próximas de US$ 10 o bushel, apesar das últimas três safras cheias nos EUA, por causa do contínuo crescimento da demanda nos últimos anos. “Isso permite concluir que qualquer problema climático nos próximos 12 meses na América do Sul ou nos EUA na temporada 2017/18 será altista para os preços, pois reduzirá os estoques mundiais”, ponderou Pavinato.
Quanto ao algodão, importante cultura para a companhia, a SLC trabalha com perspectiva positiva para os ganhos com a cultura. Pavinato lembrou que as cotações da fibra estão em torno de US$ 0,70 por libra-peso, 15% acima do verificado no início do ano, em virtude do recuo dos estoques mundiais ao longo dos ciclos 2015/16 e 2016/17. “O governo chinês vendeu 2,5 milhões de toneladas de seu estoque entre abril e setembro de 2016, volume bastante superior ao estimado inicialmente pelo mercado. Com isso, os estoques chineses passaram de 12,7 milhões de toneladas para 10,5 milhões de toneladas ao fim da safra 2016/17.
Fonte: Agência Estado