O Rio Grande do Sul continua enfrentando um cenário desafiador. Levantamento do CEPEA mostra que no início da semana passada, as condições climáticas favoráveis permitiram a continuidade da colheita do cereal, que havia sido interrompida pelas fortes chuvas, e novos players voltaram a negociar.
Esse cenário resultou em reações mais intensas nos preços naquele período. Contudo, a partir da quarta-feira, 22, o Estado foi atingido novamente por fortes chuvas e rajadas de vento, o que dificultou a logística de escoamento e deixou agentes mais receosos.
Segundo pesquisadores do CEPEA, as precipitações impediram o carregamento do arroz comercializado em semanas anteriores, adiando novas negociações. Dificuldades para emitir notas fiscais também influenciam a liquidez. Além disso, o cancelamento do leilão de compra da Conab e toda a polêmica gerada com a intervenção do governo reforçaram o menor ritmo de negócios.
O governo zerou a TEC (Tarifa Externa Comum) para importação de arroz de fora do MERCOSUL até final de 2024. Essas ocorrências atípicas têm deixado muitos colaboradores consultados pelo CEPEA receosos sobre o futuro do mercado do arroz em casca.