A falta de chuvas na Argentina ainda é um problema no norte de Buenos Aires, onde ainda falta plantar 20% da soja e 30% do milho de segunda etapa.
Em entrevista ao La Nación, Julio Lieutier, técnico em Pergamino, disse que a região não recebe uma chuva maior que 50 mm desde o mês de outubro.
Lieutier disse que as duas últimas chuvas de dezembro foram responsáveis por 20 mm cada uma e que estes volumes foram suficientes para levar adiante alguns trabalhos de plantio pendentes. Contudo, ainda é preciso mais. “O atraso do plantio é o fator mais grave. Já estamos fora da época para o milho tardio”, disse.
Enquanto isso, o milho precoce deverá ter quedas nos rendimentos devido à floração irregular. A soja, por sua vez, desde o dia 1º de dezembro, tem uma queda de rendimento de 25 kg por hectare por dia. Neste contexto, há soja de segunda etapa com perdas de 500 kg por hectare.
Para Esteban Copati, chefe do Departamento de Estimativas Agrícolas da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, “persistem focos de déficit hídrico” em setores do norte de Buenos Aires e também no centro de Santa Fe e norte de Córdoba, regiões responsáveis por 40% do milho e da soja.
Copati também destaca a necessidade de se observar a situação no Noroeste e no Nordeste Argentino, que devem plantar 2 milhões de hectares de soja e 900.000 hectares de milho e estão sem condições de plantio em função da seca.
No norte do país, o prazo do plantio se estende até meados deste mês. Para a zona dos Pampas, o especialista acredita que “não deve haver perdas generalizadas de área”.
La Nación