A Argentina exportou 600.000 toneladas de biodiesel para o continente europeu desde setembro até meados de Janeiro, depois que a União Europeia reduziu as sobretaxas de importação. As informações foram divulgadas na segunda-feira (29/1) à Reuters pela Câmara Argentina de Biocombustíveis (Carbio), entidade que reúne as empresas exportadoras do biodiesel.
A União Europeia reduziu as sobretaxas antidumping em setembro para 5,5% e 8,1%, dos 22% a 25,7% vigentes anteriormente. Mas a Comissão Europeia deve iniciar uma investigação para apurar se os produtores argentinos que exportam biodiesel ao bloco estão se beneficiando de subsídios injustos, afirmaram à Reuters pessoas familiarizadas com o caso.
A Argentina já foi alvo de retaliações comerciais dos Estados Unidos. Os americanos aumentaram as tarifas para uma alíquota de 65% no final do ano passado, inviabilizando qualquer exportação argentina. Os maiores compradores de biodiesel argentino até 2017 foram os Estados Unidos.
Na segunda metade do ano passado, os europeus aumentaram as compras em função de que já se previa pelo menos uma redução das exportações para os EUA e consequentemente um impacto negativo nos preços do biocombustível de origem argentina.
A alegação de dumping ocorre porque a Argentina possui uma tributação mais baixa para a exportação de biodiesel do que para a exportação de soja in natura, incentivado os envios do primeiro sem fundamento mercadológico, mas com incentivo governamental.
Fonte: Reuters