Participantes da expedição anual Pro Farmer Crop Tour, que percorre lavouras em Estados do Meio-Oeste dos Estados Unidos, verificaram produtividades maiores de milho e de soja em Ohio e Dakota do Sul. Em Ohio, a produtividade média de milho foi estimada em 183,94 bushels por acre (11,55 toneladas por hectare), aumento de 5,60% em relação à estimativa de um ano atrás de 174,17 bushels por acre (10,93 toneladas por hectare). Na comparação com a média das últimas três temporadas, a produtividade aumentou 4,70%.
Na Dakota do Sul, a estimativa da produtividade para o milho foi de 175,64 bushels por acre (11,02 toneladas por hectare), 48,3% maior na comparação com a do ano passado de 118,45 bushels por acre (7,43 toneladas por hectare). Na comparação com a média das últimas três safras, o rendimento está 5,15% maior. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, no dia 11 de agosto, o USDA estimou a produtividade nacional da safra de milho em 175,1 bushels por acre (10,99 toneladas por hectare).
Quanto à soja, a contagem de vagens em Ohio ficou em 1.252 por jarda quadrada (1 jarda quadrada = 0,836 metro quadrado), aumento de 10,70% em relação ao número do ano passado (1.131 vagens por jarda quadrada) e 7,90% superior em relação à média das últimas três safras. Em Dakota do Sul, a contagem foi de 1.013 vagens por jarda quadrada, 16,25% maior do que a de um ano atrás (871,40 vagens por jarda quadrada), mas 2,60% abaixo da média dos últimos três anos.
Segundo comentário publicado pelo Diretor da parte Leste do Pro Farmer Crop Tour, Brian Grete, os resultados de Ohio mostraram que o milho estava em condição “excelente”, com a pressão por doenças ou insetos “quase inexistentes”. “A maturidade variou, um pouco menos madura do que o esperado. A umidade do solo estava boa, o que foi crucial. Será necessário tempo para finalizar a safra, mas ela deve encerrar a temporada de crescimento de forma robusta, desde que as chuvas continuem”, indicou.
Em relação à soja, Grete indicou que, de um modo geral, a maturidade das amostras apresentava atraso, mas a pressão por doenças era “extremamente baixa”. Além disso, a “abundante umidade do solo observada na rota pode ajudar a atenuar o impacto do calor desta semana”, indicou. Na mesma linha, o consultor Mark Bernard indicou que a umidade deve ser suficiente para finalizar a safra. “As contagens de vagens de soja estão bastante boas, em geral, comparadas a muitos anos. Algumas das lavouras de soja são muito impressionantes, o que contribuirá para os resultados dos produtores”, indicou.
Na avaliação do líder na parte Oeste do Pro Farmer Crop Tour, Chip Flory, as condições de seca são evidentes no Sudeste de Dakota do Sul e Nordeste de Nebraska. “Há alguns problemas nas lavouras de soja por causa de doenças. O amarelamento prematuro e os danos causados por insetos são evidentes, o que está reduzindo a contagem de vagens em algumas áreas”, indicou. Já o consultor Brent Judisch indicou que “as contagens de vagens de soja estão excelentes, com as lavouras lidando muito bem com o calor”.
Para o milho, Flory informou que Dakota do Sul tem a base para uma boa safra de milho em 2023 e para uma ótima recuperação dos problemas de 2022, “se os próximos 10 dias não apagarem o potencial que vimos nas lavouras de milho e soja”. Já Judisch indicou que o grão está “mediano” em Dakota do Sul e “ok” em Nebraska. “Parece melhor na estrada do que quando medimos as amostras”, indicou, se referindo ao milho do primeiro Estado. “O milho irrigado do nordeste de Nebraska parece estar ‘OK’ e o milho de sequeiro está melhor do que o esperado”, indicou.
Hoje, os participantes do Pro Farmer Crop Tour viajam para o Sudeste do Estado de Nebraska, passando pela cidade de Grand Island e ao Sul do Rio Platte, chegando em Nebraska City. Além disso, a expedição passa pelo oeste de Indiana, de onde deve partir para o Leste de Illinois.