Após expedição técnica, Cooxupé avalia como inferior a safra de café do Brasil

A nova safra de café do Brasil ficará aquém das expectativas do mercado, com alguns problemas climáticos em importantes regiões produtoras, com podas realizadas em larga escala em várias áreas e com os cafezais ainda se recuperando de uma safra recorde em 2016. A avaliação foi feita pelo superintendente comercial da Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do Brasil, Lúcio Dias, que integrou na semana passada uma expedição técnica pelo sul de Minas, Cerrado Mineiro e Mogiana, importantes áreas produtoras de café arábica.

“Faz 14 anos que fazemos a mesma viagem pelas mesmas regiões produtoras, e este foi um dos piores anos para os cafezais que observamos”, afirmou Dias, em entrevista à Reuters realizada hoje, após a cerimônia de abertura da Femagri, feira de tecnologia agrícola realizada pela Cooxupé. A viagem pelas áreas produtoras reuniu 12 pessoas, incluindo integrantes da cooperativa, corretores e dois importantes operadores internacionais, segundo Dias.
Dessa forma, ele estimou a safra de café do Brasil entre 43 milhões e 47 milhões de sacas, um número aquém da expectativa do mercado.

A previsão de Dias fica ligeiramente abaixo à da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Pesquisa da Reuters publicada na semana passada apontou a safra 2017/18 do Brasil em 50 milhões de sacas, com as estimativas variando de 48 milhões a 57 milhões de sacas. Normalmente, após uma grande colheita, a produtividade dos cafezais diminui. No ano passado, o Brasil registrou uma colheita recorde de 51.37 milhões de sacas, com elevadas produtividades das lavouras do arábica, que mais que compensaram perdas importantes dos cafezais de robusta.

 

Fonte: Reuters

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