Anfavea prevê alta de 13% na venda de máquinas agrícolas

Após as vendas de máquinas agrícolas terem superado as expectativas iniciais da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em 2016, a entidade apresentou ontem projeções mais otimistas para 2017. Segundo a Anfavea, as vendas no mercado doméstico devem crescer 13% neste ano em relação a 2016, alcançando a 49.500 unidades. Os dados incluem as vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias e também as de colhedoras de cana-de-açúcar, que passam a fazer parte das estatísticas neste ano.

No ano passado, a produção nacional de máquinas agrícolas caiu 4,1%, para 53 mil unidades. As vendas no mercado doméstico recuaram 4,8%, somando 42.800 unidades. E as exportações tiveram queda de 5,7%, para 9.500 unidades (ver infográfico). Embora tenha havido retração, as quedas foram menores do que a entidade previa inicialmente.

 

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De acordo com Ana Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea, a melhora nas expectativas dos produtores rurais deve levar ao crescimento das vendas este ano. “Essa confiança, aliada à expectativa de maior produção neste ano e à disponibilidade de recursos para poder financiar a aquisição das máquinas, vai propiciar um ano de 2017 melhor que 2016 , afirmou a jornalistas.

O Moderfrota, principal linha de crédito para máquinas agrícolas, já atingiu R$ 4.2 bilhões em financiamentos de um total de R$ 5 bilhões disponibilizados pelo Plano Safra. Essa grande demanda levou o governo a negociar um aporte de mais R$ 2.5 bilhões para o programa, remanejando recursos do Plano Safra. “Não houve a necessidade de acessar esse montante adicional em dezembro, mas esse valor garante que não haverá interrupção de recursos para os primeiros meses do ano”, disse a vice-presidente da Anfavea.

A associação divulgou também os resultados do último mês de 2016. As vendas em dezembro somaram 4.093 unidades, 84% acima de igual mês do ano anterior. De acordo a Anfavea, o avanço expressivo também é reflexo da fraca base de comparação. “Não tivemos uma escassez de recursos no fim do ano passado como no fim de 2015”, acrescentou Ana Helena de Andrade.

Para a vice-presidente da Anfavea, a queda vista em 2016 pode ser explicada pela crise de confiança que afetou os produtores. “Embora as vendas tenham superado nossa estimativa inicial, essa queda só pode ser explicada pela falta de confiança. A agricultura brasileira foi bem em 2016, mas o agricultor estava receoso de fazer novos investimentos”, disse.

 

Fonte: Valor Econômico

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