América do Sul vai produzir mais soja no longo prazo‏

Se há uma região no mundo capaz de competir com os Estados Unidos na produção de soja e milho, esta região é a América do Sul. A projeção é feita em artigo do Portal Agriculture.com assinado pelo correspondente Luis Henrique Vieira.

De acordo com a reportagem, tem havido uma significativa expansão da superfície de ambas as culturas, majoritariamente no Brasil e na Argentina, nas últimas três décadas. Além disso, mais recentemente novos players entraram na disputa (Paraguai e Bolívia), e há ainda um vasto volume de terras disponíveis no Brasil.

Um estudo da consultoria Bain & Company, de Boston, prevê que Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai produziriam 600 milhões de toneladas de soja e 1,5 bilhão de toneladas de milho até 2050. Para alcançar isso, esses países precisarão de um crescimento anual de produção de soja entre 3% e 4%. A China deve continuar a ser o principal comprador, enquanto que outros países em desenvolvimento da Ásia seriam responsáveis por outros 60% da demanda.

O Brasil é destacado por especialistas nesse cenário. O país, segundo no mundo em exportação e produção de soja, é o terceiro maior produtor e exportador de milho. Além disso, o Brasil só utiliza 12% de sua terra agricultável, segundo o Ministério da Agricultura. A maior parte da terra arável está no Norte, Nordeste e no Mato Grosso, maior estado do Centro-Oeste.

Atualmente, o maior país da América do Sul tem um volume de produção de 85,6 milhões de toneladas de soja em uma área de 79,1 milhões de acres, de acordo com a Companhia Nacional do Abastecimento. Hoje, mais da metade dessa produção é exportada em grãos. Aproximadamente 1,3 milhão de toneladas das 7,1 milhões de toneladas da produção de óleo de soja são exportados.

A produção de milho em 2013/2014 se reduziu em 3,6% para 78,5 milhões de toneladas. O país usa internamente 53 milhões de toneladas do cereal majoritariamente para consumo animal; 21 milhões de toneladas são exportadas. A mesma entidade prevê que o Brasil aumentaria a produção de ambos os grãos em 36,7% em cinco anos e vê um aumento da exportação de milho na base de 5,2% no mesmo período.

 

Fonte: Agrolink

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