A possibilidade de realização de uma nova paralização geral dos caminhoneiros, que agora já foi descartada, aliada ao aumento no preço do diesel acabou impactando no mercado do milho desde a segunda-feira (3/9). Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, as negociações paralisaram por um período de tempo.
“Agora se sabe que não vai haver greve, mas durante a maior parte da manhã (do último dia 3/9) o mercado ficou nervoso com a possibilidade de paralisação e de falta de caminhões pra transportar o milho já encomendado de outros estados, paralisando as novas negociações por falta de um de seus principais componentes: o frete.”, disse.
Segundo Pacheco, o preço do diesel também foi um fator determinante para a recente paralização do mercado. Ele explica que o tabelamento para o preço mínimo do transporte rodoviário de cargas obriga aos combustíveis a serem regulados a partir do preço do diesel, que por sua vez recebeu influência da alta do dólar.
“Consta na nova lei do frete que os combustíveis poderão (deverão!) ser reajustados a partir de um determinado nível de ajuste do diesel. E isso tem tudo a ver com a ala do dólar das últimas semanas, já que boa parte do combustível é refinado fora do país e importado depois”, disse.
Nesse cenário, ao mesmo tempo em que houve uma tentativa de aumento de estoque por parte dos compradores, as exportações também operaram em um nível moderado. “As exportações, que vinham movimentando o mercado mais do que o mercado doméstico, não tinham possibilidade de cobertura porque Chicago estava fechado, em comemoração ao dia da do Trabalho. Então, por este lado, também não houve atividade significativa”, disse Pacheco.
Fonte: Agrolink