No último dia do 14º Congresso de Agribusiness da SNA, 8 de novembro, o ex-ministro da Agricultura e atual presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, participou do painel “Perspectivas do agronegócio, produção agropecuária e agregação de valor”. Em sua palestra, ele apresentou uma expectativa em relação ao setor no país. “O mercado de milho está totalmente aberto. A África, que é consumidora do produto para alimentação básica, está crescendo 8%. Os Estados Unidos, que preveem uma farta colheita de 340 milhões de toneladas em 2013, também demandam milho”, considerou.
As perspectivas otimistas, no entanto, ainda esbarram nas dificuldades, lembra Paolinelli. “Considerando a safra de 2012, o milho ficou a céu aberto por falta de armazéns. Isso significa falta de planejamento estratégico, que precisa ser recomposto urgentemente”, cobrou. O ex-ministro ressaltou que o Brasil “planta, colhe e armazena, praticamente, junto com a próxima colheita”, mas sem ter condições adequadas para tanto.
A partir deste cenário, Paolinelli teme que os produtos sejam prejudicados. “A primeira grande preocupação é não perder o valor dos produtos do agronegócio brasileiro, especialmente do milho”, reforçou ele, que chama de “dolorosa” a forma com que se dá o crescimento nacional.
O presidente da Abramilho também levou à discussão o alto valor dos tributos praticados pelo governo. “É preciso desonerar os produtos. Muitas empresas estão se mudando para outros países por causa da alta carga tributária brasileira, porque não compensa nem fazer a moagem da soja por aqui”, lamentou.
Por equipe SNA/RJ
