Algodão: perspectiva é de custo mais elevado

A safra de 2019/2020 deve ser marcada por custos mais elevados para os produtores de algodão, segundo informações contidas no relatório de perspectivas para o agronegócio brasileiro, elaborado e divulgado pelo Rabobank. Isso acontece principalmente devido a insumos valorizados pela alta da taxa de câmbio.

“Por outro lado, os preços de vendas da pluma tendem a ser inferiores aos verificados no ciclo anterior, pressionados pelos patamares das cotações no mercado internacional (mais próximos de US$ 0,65/libra-peso), ainda que o real desvalorizado amenize a queda da cotação da pluma, quando analisados preços em moeda local (R$)”, informa o relatório.

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), 63% da produção esperada da safra 2019/20 de algodão de Mato Grosso, principal estado produtor da pluma no Brasil, estava negociada até novembro de 2019.

“Com parte significativa desses negócios fechados com patamares de taxa de câmbio futura, para dezembro de 2020, acima de R$ 4,00, o Rabobank estima que os preços médios de comercialização tendem a ficar ao redor de R$ 85,00/@ de pluma. Nesse cenário, a estimava é de margens operacionais entre 25% e 30% no ciclo 2019/20 ao cotonicultor”, completa o estudo.

“Apesar dessa perspectiva de margens mais apertadas na safra 2019/20, no comparativo com as anteriores, a estimativa é que não ocorram impactos significativamente negativos sobre a área”.

O relatório informa ainda que “o Rabobank espera que a área destinada ao algodão nesse ciclo fique próxima a 1.55 milhão de hectares contra 1.6 milhão de hectares na temporada anterior. Seguindo a linha de tendência de produtividade, a produção é estimada em 2.6 milhões de toneladas de pluma na safra 2019/20”.

 

Agrolink

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