O mercado de frango apresentou reação de preços ao longo da semana na Região Sul do Brasil para o quilo vivo, em meio ao ajuste na oferta interna. Nas demais regiões os preços permaneceram acomodados, segundo levantamento de Safras & Mercado. O analista Fernando Iglesias acredita que ainda há perspectivas de reajustes no curto prazo, de modo a compensar a forte alta nos custos de produção e de melhorar a rentabilidade do setor.
Iglesias ressalta que embora os preços do milho estejam começando a recuar internamente, por conta do avanço na colheita da safrinha, os preços do farelo de soja iniciaram um movimento altista, o que segue preocupando o setor em termos de custos. “A maior dificuldade está no repasse ao preço final, tendo em vista a crise econômica que afeta o Pais”, disse.
Por conta disso, Iglesias destaca que no atacado e na distribuição os preços tiveram estabilidade no mercado paulista ao longo da semana. Para os produtos congelados, o quilo do peito na distribuição foi cotado a R$ 4,30, o quilo da asa em R$ 6,65 e o quilo da coxa em R$ 4,40. No atacado, o quilo do peito foi mantido em R$ 4,20, o da asa em R$ 6,40 e o da coxa em R$ 4,30.
Nos cortes resfriados, ele salienta que os preços também apresentaram estabilidade. O preço do quilo peito na distribuição ficou em R$ 4,55, o da coxa em R$ 4,40 e o da asa em R$ 6,75. No atacado, o preço do quilo do continuou em R$ 4,45, o quilo da coxa em R$ 4,30 e o do quilo da asa em R$ 6,50.
Nas exportações de carne de frango, o desempenho segue bem promissor em junho, com expectativa de que possam chegar a 350.000 toneladas. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, as exportações de carne de frango do Brasil renderam US$ 346.5 milhões em junho, com média diária de US$ 26.7 milhões. A quantidade total exportada pelo País chegou a 225.900 toneladas, com média diária de 17.400 toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.533,90.
Na comparação com a média diária de maio, houve um ganho de 5,6% no valor médio exportado, uma elevação de 3,1% na quantidade e uma alta de 2,4% no preço médio. Em relação a junho de 2015, houve baixa de 11,7% no valor total exportado, perda de 1,7% na quantidade total e desvalorização de 10,2% no preço médio.
O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que em Minas Gerais a cotação do quilo vivo seguiu em R$ 3,00. Em São Paulo o quilo vivo se manteve em R$ 2,95.
Na integração catarinense a cotação do frango aumentou de R$ 2,75 para R$ 2,80. No oeste do Paraná o preço teve alta de dez centavos, de R$ 2,75 para R$ 2,80. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 2,80 para R$ 2,85.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 2,90. No Distrito Federal o quilo vivo foi cotado a R$ 3,00, inalterado frente à semana anterior. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 2,95.
Em Pernambuco, o quilo vivo passou de R$ 4,00 para R$ 4,20. No Ceará a cotação do quilo vivo avançou de R$ 3,50 para R$ 3,75, enquanto no Pará o quilo vivo subiu de R$ 4,00 para R$ 4,75.
Fonte: Arno Baasch / Agência Safras