AgRural reduz estimativa de safra de soja para 97.6 milhões de toneladas

A Consultoria AgRural divulgou nova estimativa de safra de soja 2015/2016 e agora calcula a produção em 97.6 milhões de toneladas contra as 99 milhões de toneladas estimadas em março. A continuidade do tempo quente e seco no Matopiba – confluência dos pólos agrícolas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – e quebra da produtividade das lavouras tardias em algumas aeras do Centro-Sul, levaram a AgRural a rever os números.

Fernando Muraro, sócio-diretor da consultoria, afirmou que o tempo firme desta semana permitiu o avanço da colheita, que nesta sexta-feira (8) atingiu 85% da área cultivada, acima dos 84% registrados na mesma época do ano passado e dos 80% de média nos últimos cinco anos para o período.

Por causa das adversidades climáticas, a AgRural fez um novo corte de quatro sacas por hectare na produtividade do Piauí, estimada agora em 35 sacas. “Com 30% da área colhida no estado, talhões na região de Uruçuí estão rendendo de 11 a 30 sacas”, diz Muraro.

Segundo a consultoria, na Bahia 70% da soja está colhida e o corte agora foi de duas sacas, para 40 por hectare, porque com o estresse climático, as lavouras ficaram prontas antes do previsto, o que resultou em grãos menores e mais leves.

Nas lavouras do Maranhão e no Tocantins, onde, respectivamente, 65% e 80% das áreas estão colhidas, a AgRural também reduziu a produtividade em duas sacas por hectare, para 38 sacas em ambos os casos. “Na região de Balsas (MA), algumas áreas vão fechar com 29 sacas de média. Em Palmas (TO), as médias variam de 25 a 30 sacas. Em Campos Lindos, porém, há talhões rendendo até 42 sacas”, disse a consultoria.

A AgRural comenta que em Mato Grosso, onde 98% da área está colhida, a estimativa de produtividade caiu de 50,5 para 49 sacas. “Após bons resultados na soja precoce e de ciclo médio, os produtores se surpreenderam com os baixos rendimentos da tardia”, diz a consultoria, ao explicar que a estiagem em janeiro, excesso de chuva e falta de luminosidade em fevereiro, e o ataque de mosca branca e percevejo pesaram sobre a produtividade.

No Paraná, onde 97% da soja está colhida, a AgRural relata que o excesso de chuva em fevereiro provocou estragos em áreas em fase de maturação e, por isso, a produtividade foi reduzida de 54,5 para 54 sacas. Em Mato Grosso do Sul, chuvas acima da média provocaram estragos no sul e a produtividade caiu de 53 para 52,5 sacas.

Em Goiás, com 95% da área colhida, os bons resultados levaram a AgRural a subir a média de 52,5 para 53 sacas. No Rio Grande do Sul, com 57% da área colhida, a produtividade teve um leve incremento de 0,1 saca por hectare, para 46,8 sacas. Em Minas Gerais, 87% da área já foi colhida e a média subiu de 52 para 53 sacas. Em São Paulo, a colheita está finalizada e a média subiu 0,5 saca, para 53,5 sacas por hectare.

 

Fonte: Globo Rural

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