Agronegócio em debate

A Sociedade Nacional de Agricultura realizou, em junho, o 12º Congresso de Agribusiness – “Oportunidades de Investimentos no Agronegócio” – mantendo, dessa forma, a tradição de promover um evento de grande importância, em razão dos temas abordados por palestrantes de renomado saber. Mereceu destaque a presença de um considerável número de pessoas interessadas na atividade e de estudantes de nível superior que cursam faculdades ligadas ao agronegócio. Este setor, diga-se de passagem, foi o que mais se desenvolveu nos últimos anos, sendo o responsável pelos notáveis saldos da balança comercial brasileira, por quase 40% dos empregos e igual percentual do Produto Interno Bruto.

Neste ano de 2011, já sob a administração de Antonio Alvarenga, o congresso manteve a tradição de trazer figuras de relevância do cenário político ligado ao agribusiness – cenário esse que vive a expectativa da aprovação, pelo Senado, do novo Código Florestal, com suas linhas mestras incluídas no parecer do deputado Aldo Rebelo, já aprovado na Câmara dos Deputados por esmagadora maioria.

O evento, que foi aberto pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Mônica Teixeira, contou ainda com as presenças ilustres dos ex – ministros Pratini de Moraes e Roberto Rodrigues; dos secretários de Agricultura dos Estados do Rio e da Bahia, Cristino Áureo da Silva e Eduardo Salles; do superintendente federal de Agricultura no Rio de Janeiro, Pedro Cabral da Silva, e da coordenadora geral de Agronegócios do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Rita Milagres. Também estiveram presentes representantes de outros organismos governamentais, empresários do setor industrial que dependem do agronegócio para seu funcionamento, técnicos da EMBRAPA, enfim, uma verdadeira gama de gente da maior importância na economia brasileira.

Triste na verdade é o fato de que as queixas mais ouvidas são, praticamente, as mesmas de outros congressos, ou seja, problemas ligados à infraestrutura, tais como portos, aeroportos, qualidade de nossas estradas, ferrovias etc., e tudo mais que necessitamos para melhorar a competitividade do setor. O primeiro e principal ator do agronegócio brasileiro é o produtor, que consegue, a despeito de vários problemas que enfrenta no dia-a-dia da sua propriedade, ser o melhor e o mais eficiente do mundo.

Em suma, o evento obteve grande êxito, tanto pela qualidade dos palestrantes quanto pela excelência da platéia – em sua maior parte ocupada por jovens estudantes que se preparam para integrar esse grande contingente de brasileiros que estão mudando o rumo do país a partir do campo.

Autor: Joel Naegele, vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura

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