Agronegócio é foco do 1º Fórum de Comunicação da ESPM em São Paulo

“Agricultura e construção foram citados como os maiores geradores de emprego”, afirma José Luiz Tejon (ESPM) , durante fórum em SP. Foto: Marco Flávio
“Agricultura e construção foram citados como os maiores geradores de emprego”, afirma José Luiz Tejon (ESPM) , durante fórum em SP. Foto: Marco Flávio

 

O Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e a Universidade MSD realizaram na terça-feira, 22 de outubro, em São Paulo, o 1º Fórum de Comunicação ESPM/MSD de Comunicação – Como a grande mídia urbana tem pautado a agropecuária brasileira. O evento voltado para jornalistas destacou os aspectos percebidos pela população dos grandes centros urbanos sobre o agronegócio brasileiro e analisou as abordagens da grande imprensa sobre o setor.

Na ocasião, José Luiz Tejon (ESPM) apresentou pesquisa inédita “A pecuária na mídia urbana”. Segundo o palestrante, hoje os consumidores se preocupam com a origem do produto, o caminho, como foi a produção (processo) e o impacto sobre a cadeia produtiva (sustentabilidade). Ele citou os sete desafios do Agronegócio: Terra, que está valendo “ouro” no mundo; o aumento da população, de 7 bilhões para 9 bilhões até 2050; produção de alimentos, energia e carne para atender à demanda; o novo consumidor, mais exigente; tecnologia para todos; genética para a melhora contínua e a competitividade; e o produtor rural do futuro.

De acordo com Tejon, a pesquisa foi realizada em 12 capitais brasileiras (as maiores), entre elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, Recife, além de Ribeirão Preto. “Dos entrevistados, 81,3% consideraram o agronegócio muito importante e 98,3% responderam que o Brasil se destaca em café e açúcar, principalmente”, disse.  Entre as atividades vitais para o País, o agricultor ficou na quinta posição, atrás de médico, professor, (primeiro), bombeiro e policial. “Agricultura e construção foram citados como os maiores geradores de emprego”, disse.

Durante a pesquisa, realizada de 1º a 21 de junho de 2012, foram monitorados 10 veículos de comunicação não setoriais que apresentaram 497 matérias sobre pecuária, considerando 31 palavras-chave. Os jornais se destacaram com 95% dos conteúdos, dos quais 72% neutros, 20% positivos e 8% negativos.

 

MITOS E VERDADES

Na palestra Mitos e verdades sobre a produção de proteína animal Sebastião Faria Jr., gerente de capacitação técnica da MSD Saúde Animal, abordou os novos atributos do alimento e destacou o mercado como reflexo dos valores da sociedade e o consumo consciente como indutor de melhores práticas de produção. Ele lançou algumas questões recorrentes: Posso comer carnes, ovos e laticínios sem medo e sem culpa? Carne suína faz mal à saúde e ao meio ambiente? Os frangos crescem muito rápido porque tomam hormônios? Devo parar de consumir carne bovina e laticínios para salvar o planeta?  “Estas e outras perguntas estão relacionadas à desinformação e a vários mitos sobre os alimentos. No caso do hormônio no frango, por exemplo, é lenda urbana”, ressaltou.

Faria creditou os avanços da avicultura à tecnologia e ao profissionalismo e disse que a suinocultura está em evolução. “Ambas as atividades são tipicamente familiares e se destacam pela integração com a agroindústria. O uso intensivo de tecnologia inclui genética, nutrição e manejo”, resumiu. Segundo ele, a criação de suínos evoluiu muito, do chiqueiro à era industrial, e agregou cuidados com o ambiente e a sanidade, reaproveitamento dos dejetos para fertirrigacão, produção de biogás (energia). Além disso, antes, o parâmetro era o peso do animal, ou seja, quanto mais pesado (gordo), melhor. Hoje, o mercado chegou ao padrão de suíno tipo carne. Um animal menor, mais compacto e com pouca gordura.

Quanto à pecuária, Faria citou revolução duplamente verde (responsável pela preservação do solo, controle de pragas e aumento da renda); ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta); Observação do comportamento animal, que levou à ética na produção, com manejo racional, voltado para o bem-esta, contribuindo para a redução de acidentes e de perdas, além de proporcionar o acesso a mercados; maior importância com sanidade, manejo de pastagens; programas como o Balde Cheio da Embrapa e o GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável).

Ao final das apresentações foi realizado um debate com Heródoto Barbeiro (âncora do Jornal Record News), Vera Ondei (editora da Revista Dinheiro Rural) e Bruno Blecher (editor da Revista Globo Rural e colunista da rádio CBN) .

 

POR EQUIPE SNA/SP

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