Agron: Novas tecnologias vão causar impacto na Bioeconomia e na gestão do agro

 

O uso de novas tecnologias e a chamada Bioeconomia – que promove o uso sustentável e inovador de recursos renováveis e biológicos –  vão causar grande impacto nos negócios de pequenos e grandes produtores rurais.

A afirmação é de Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos), da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). Segundo ela, “a incorporação de soluções de Tecnologia da Informação (TI) no agronegócio vai garantir transparência em toda a cadeia produtiva”.

Sylvia cita como exemplo o impacto do Blockchain, que permite a criação de plataformas de fornecimento (supply chain) para reduzir a presença de intermediários. No agro, o sistema favorece a gestão em tempo real de transações e do financiamento da cadeia de suprimentos.

“A transparência no fornecimento vai reduzir a necessidade de utilização de certificadoras para atestar a validade dos produtos. É a gestão imediata das cadeias de fornecimento, que serão transparentes e abertas”, estima Sylvia.

Seguindo a linha da Bioeconomia no agro,  a agricultura de precisão é outro exemplo citado pela coordenadora da SNA. “Ela tem impacto na redução dos custos de produção, na melhoria da gestão dos insumos químicos e no incremento na produtividade”, salienta.

“Sua aplicação é mais eficiente. É um gerenciamento especifico em resposta às condições apresentadas na fazenda e ou nas áreas que requerem intervenção”, explica Sylvia, acrescentando que a técnica é favorecida pelo uso de mapas, sensores agronômicos, GPS e máquinas conectadas.

Sylvia destaca ainda como tendência atual, no âmbito da Bioeconomia, a utilização dos bioinsumos, que reduzem a aplicação de herbicidas e pesticidas.

A coordenadora da SNA também ressalta as vantagens da Internet das Coisas (IoT) – sistema que envolve um grupo de objetos físicos, veículos, entre outros, com tecnologia embarcada, sensores e conexão com rede com capacidade de coletar e transmitir dados.

“O IoT, por meio de um corte em camadas, tem a capacidade de coletar informações no campo e construir uma base de dados, que são analisados e posteriormente podem gerar ações a serem implementadas”, afirma Sylvia.

 

Fonte: Agron nº 62, maio de 2018

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