Agro registra faturamento de US$ 126 bilhões de janeiro a setembro

Esse desempenho histórico foi impulsionado pelo aumento expressivo no volume exportado, que cresceu 14,70%, compensando a queda de 10% nos preços médios em dólar – Imagem de tawatchai07 no Freepik

As exportações de produtos agropecuários do Brasil continuam em ascensão em 2023, segundo dados do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da ESALQ/USP. O faturamento do setor de janeiro a setembro deste ano, foi de US$ 126 bilhões, o que representa um aumento de 3,20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho histórico foi impulsionado pelo aumento expressivo no volume exportado, que cresceu 14,70%, compensando a queda de 10% nos preços médios em dólar.

O milho se destaca como o produto com o maior percentual de crescimento nas exportações, registrando um aumento impressionante de 40% no volume embarcado. Por sua vez, a soja em grão permanece na liderança em termos de volume exportada. O setor sucroalcooleiro e as carnes de frango e suína também estão registrando um ano favorável, segundo indicam os pesquisadores do CEPEA.

As economias chinesa e norte-americana têm registrado sólido crescimento, proporcionando um suporte essencial à demanda internacional. O Brasil, por sua vez, registrou uma produção recorde, sustentando os elevados volumes exportados. Embora tenha mantido a sua posição como um dos principais fornecedores globais, o País enfrentou uma pressão de preços, devido ao aumento da produção em outros países relevantes no mercado internacional.
China, Estados Unidos e União Europeia permanecem como os principais parceiros comerciais do Brasil, destacando-se pela consistente demanda. Outros mercados importantes, como os países da Liga Árabe e asiáticos (exceto China), também contribuem significativamente para o setor.

Com base no desempenho do último trimestre de 2022, os pesquisadores do CEPEA estimam que a receita anual poderá superar os US$ 160 bilhões, registrando assim um novo recorde para as exportações do setor agropecuário brasileiro. No entanto, ressaltam que a manutenção desse ritmo está atrelada à estabilidade do câmbio, enfatizando a importância de evitar uma valorização excessiva do real em relação ao dólar norte-americano nos próximos meses.

Fonte: CEPEA
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