“Não adianta o Brasil querer ser eficiente na infraestrutura e logística e não ser eficiente em comunicação.” A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócios (ABMR&A), Maurício Mendes, feita no segundo dia do 14º Congresso de Agribusiness da SNA, 8 de novembro. Ele ministrou palestra durante o quarto painel do evento “Distribuição de produtos do agronegócio – Comércio Internacional”.
Na opinião de Mendes, a agropecuária investe pouco em publicidade. “Queria propor um diálogo sobre a comunicação do agronegócio de forma mais global, levando em conta a sustentabilidade ambiental, social e econômica. O setor agro precisa falar com a sociedade para mostrar seu lado bom, que é a maior parte.”
Segundo Mendes, para se pensar em marketing do agro de uma maneira mais ampla, deve-se, em primeiro lugar, posicionar o consumidor como centro das atenções. Ele deve funcionar como o foco de um círculo que envolve fornecedores de produção, insumos e bens; distribuição de produtos; processamento e transformação; e produção agropecuária.
Na hora de traçar estratégias do marketing do agronegócio, Mendes mencionou as Indicações Geográficas (IG) do Brasil, cujos registros são conferidos a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, atribuindo-lhes reputação, valor intrínseco e identidade própria. Ele chamou a atenção para a necessidade de distinguir os produtos em relação aos seus similares disponíveis no mercado. Ressaltou ainda que é o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a instituição que concede e emite o certificado do registro de IG.
De acordo com Mendes, as Indicações Geográficas tem como objetivos a promoção industrial, a garantia de autenticidade, a agregação de valor ao produto, a promoção de desenvolvimento regional e a preservação da biodiversidade, do conhecimento tradicional e dos recursos naturais.
Por equipe SNA/RJ