Reduzir os custos da produção e utilizar corretamente a adubação e defensivos agrícolas, como forma de tornar a atividade agropecuária mais sustentável tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente. Estes são os principais objetivos da Agricultura de Precisão (AP). No entanto, para alcançar um patamar mais profissional, é necessário oferecer capacitação técnica ao homem do campo.
Dentro deste cenário, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado de Minas Gerais (Senar-MG) está ministrando um curso, em sala de aula, aos trabalhadores do setor que, por sua vez, vão aplicá-los de maneira mais consistente na zona rural.
Há quatro anos, os técnicos do órgão utilizam simuladores com o intuito de inserir conceitos aos produtores rurais, como o mapeamento da produtividade das lavouras de grãos e de aplicações de georreferenciamento na agricultura.
Para executar o projeto, foi necessário adquirir os simuladores de uma empresa do município de Não-me-toque, no Estado de Rio Grande do Sul. Eles se parecem com videogames formados por programas instalados em notebooks, volantes e joy sticks, além de trenas e balanças.
Analista da Coordenadoria de Formação Profissional Rural do Senar-MG, Wander Magalhães Moreira Júnior explica que os simuladores são, na verdade, controladores de precisão, que mensuram a aplicação de insumos e sementes, dentro de parâmetros pré-estabelecidos.
“Por exemplo, na aplicação de calcário, que corrige o PH do solo, as amostras do terreno são feitas em glebas. Cada uma tem um comportamento diferente na aplicação desses insumos”, cita.
De acordo com o analista, os controles conseguem dosar a aplicação dos insumos conforme a necessidade de cada parcela.
“Antes, pegava-se a análise de todas as parcelas e tirava a média. Hoje a aplicação segue exatamente a quantidade necessária de insumo em cada área e isto gera economia de insumos. A consequência é o aumento de produção e da produtividade.”
RESULTADOS POSITIVOS
Júnior avalia os resultados da capacitação técnica como positivos, até porque a agricultura de precisão pode ser adotada por pequenos, médios e grandes produtores.
“O aproveitamento dos alunos tem sido excelente. Como o Senar Minas trabalha com o treinamento de aperfeiçoamento, o participante geralmente é um trabalhador que já atua na agricultura de precisão, mas não tem domínio pleno da técnica para usar a tecnologia embarcada que já vem na máquina.”
A partir daí, salienta o analista, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Minas aperfeiçoa a mão de obra para melhorar o uso da tecnologia.
“Eles vão maximizar o uso da tecnologia embarcada, o que eles antes até usavam, mas sem explorar todo o potencial desta tecnologia.”
O analista ainda informa que o kit usado em sala de aula, chamado de tecnologia embarcada na máquina, serve para controlar todo o processo de plantio, organizando a melhor forma de fazê-lo.
“Ao realizar essa capacitação, estamos levando formação profissional rural de qualidade aos alunos do Senar” e, como consequência, profissionalizando o homem do campo para a agricultura de precisão.
Por equipe SNA/RJ
