Agricultora de Minas Gerais transforma fazenda centenária em museu rural

Carro de boi, arados, moinho, monjolos, carneiro hidráulico, engenho e alambique. Esses são alguns dos atrativos presentes em uma propriedade rural centenária do município de Inhapim, no Vale do Rio Doce. Foto: Divulgação Emater-MG
Carro de boi, arados, moinho, monjolos, carneiro hidráulico, engenho e alambique. Esses são alguns dos atrativos presentes em uma propriedade rural centenária do município de Inhapim, no Vale do Rio Doce. Foto: Divulgação Emater-MG

Carro de boi, arados, moinho, monjolos, carneiro hidráulico, engenho e alambique. Esses são alguns dos atrativos presentes em uma propriedade rural centenária do município de Inhapim, no Vale do Rio Doce. O local se transformou em museu rural e recebe diversos turistas e alunos de escolas públicas e particulares da região. A ação conta com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

A história começou em 1920, quando uma família partiu em um carro de boi de Rio Pomba, na Zona da Mata, e se estabeleceu no município de Inhapim. As características dessa época foram preservadas e a propriedade se transformou em ponto turístico para proporcionar aos visitantes a vivência da agricultura familiar. Desde a inauguração do local como museu, em 2014 com o nome de Museu Rural Mamédio Francisco Militão, aproximadamente 600 visitantes já passaram pela propriedade.

“Era uma ideia antiga, já que a propriedade tem um vasto acervo e apresenta objetos típicos da história da agricultura familiar. São estruturas centenárias que mostram as riquezas do campo. Temos passeios com carros de boi e diversos objetos típicos, como arados, moinho, monjolos, carneiro hidráulico, engenho, e alambique, entre outros. Podemos dizer que é um museu vivo porque está tudo funcionando. Também é uma homenagem ao meu pai, que deu nome ao local, e iniciou toda essa história”, explica a agricultora familiar e idealizadora do projeto, Maria das Dores Militão Barroso.

UM DIA NA FAZENDA

O museu apresenta diversas atividades para os visitantes. A Emater-MG ajudou a  estruturar e organizar o local para receber turistas e excursões escolares. As visitas são guiadas e todos também podem fazer as refeições na própria fazenda.

“Apoiamos o projeto desde a implantação. A ideia era transformar o local em um produto do turismo rural. Ajudamos a criar um roteiro de visitação, que aborda toda parte de preservação ambiental e apresenta, através de objetos, o ciclo da cana-de-açúcar e a história da agricultura familiar. Os visitantes conhecem de perto como funciona uma propriedade rural”, destaca a coordenadora regional da Emater-MG, Ana Laura Chaves.

As atividades da rotina do campo ficam disponíveis aos visitantes. O museu apresenta um universo desconhecido para muitas pessoas, principalmente dos centros urbanos. “Tem, por exemplo, um pilão que se move um gerador de energia que funcionam a com a ajuda da correnteza de um córrego. Também vale destacar a integração com a natureza”, ressalta a coordenadora.

PRODUÇÃO AGRÍCOLA

Com assistência técnica dos técnicos da Emater-MG, a propriedade  também é utilizada para produção agrícola. Há plantação de arroz e feijão, em baixa escala, e produção de rapaduras e cachaça para comercialização. São produzidos 30 mil litros de cachaça por ano.

O trabalho é realizado em parceria com associações de agricultores familiares da região. Mais informações do sobre o museu e agendamento de visitas pelo telefone (33) 9123-3901.

Fonte: Emater do Estado de Minas Gerais

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