Por Equipe SNA
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) participou, no dia 1º de julho, de um encontro com a diretoria da Sociedade Rural Brasileira, em São Paulo, iniciando um ciclo de discussões que a entidade promoverá com futuros presidenciáveis. Na oportunidade, o senador destacou que o agro é o nosso melhor negócio, é o setor que segura nossa balança comercial e, no entanto, não vem tendo a atenção que merece. Segundo ele, os problemas do agro começam é no Estado e que “o setor precisa de interlocução com o núcleo central do governo federal”.
Aécio abordou e criticou vários problemas que afetam o agronegócio brasileiro, entre eles a logística, que vem levando à perda de participação do Brasil no comércio agrícola internacional; a questão indígena, que afasta investimentos no País; e o aparelhamento e intervencionismo do governo federal, quando cobrou mais planejamento e uma gestão pública com foco na eficiência. Acentuou, ainda, que o Brasil precisa focar no que produz riqueza e, consequentemente ,gera paz social.
Cesario Ramalho da Silva, presidente da Rural, abriu o evento destacando o modelo agrícola tropical desenvolvido pelo Brasil, considerado o melhor do mundo, graças, entre outros fatores, à pesquisa, tecnologia, empreendedorismo e condições naturais. Porém, lembrou que “somos competitivos dentro das fazendas, mas fora o produtor sofre as mesmas mazelas de quem mora nas cidades, a começar pelo transporte ruim, desafios na educação, saúde, impostos, entre tantos outros”. E salientou que o produtor rural enfrenta outros preocupantes problemas, como insegurança jurídica, incongruência nas legislações trabalhista e ambiental, e baixa cobertura do seguro.
Na abertura do encontro, o presidente da Rural, Cesario Ramalho da Silva, lembrou que o Brasil desenvolveu o mais bem sucedido modelo de agricultura tropical do mundo, impulsionado por pesquisa, tecnologia, empreendedorismo, condições naturais, entre outros fatores.
Dois ex-ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues e Pratini de Moraes participaram do encontro. Roberto Rodrigues acentuou a perda da força do Ministério da Agricultura. Segundo ele, muitos temas relacionados diretamente ao agro estão fora da alçada do Ministério da Agricultura e espalhados por outras pastas. Entre eles destacou a irrigação, etanol, infraestrutura logística, questões ambientais e negociações internacionais. Já Pratini de Moraes falou sobre a necessidade de o Brasil melhorar seu marketing internacional, a fim de mostrar para o mundo o real valor do produto agrícola nacional.