AEB: soja perde espaço, mas ainda deve liderar exportações do Brasil em 2018

As exportações de soja seguirão dominando as vendas externas brasileiras entre todos os produtos em 2018, seguidas pelas de minério de ferro, que encurtarão a distância para o produto agrícola no próximo ano, com preços firmes e maior produção da mineradora Vale.

De acordo com avaliação divulgada nesta quinta-feira pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), as exportações de soja deverão atingir US$ 22.8 bilhões em 2018, com queda de 9,5% em relação a 2017, e expectativa de uma safra menor frente ao recorde deste ano no maior exportador global da oleaginosa.

Em 2018, será o quarto ano consecutivo que as exportações de soja vão liderar a pauta exportadora brasileira, segundo dados da AEB.

De outro lado, as exportações de minério de ferro do Brasil deverão aumentar 5,2% na comparação com 2017, para US$ 20.4 bilhões, em um ano em que a Vale, maior produtora mundial da commodity, deverá elevar sua produção para cerca de 390 milhões de toneladas, contra 365 milhões de toneladas em 2017.

No caso dos embarques de petróleo do Brasil, as vendas foram estimadas em US$ 16.5 bilhões – praticamente estáveis em relação a 2017. A AEB ainda estima aumentos nas exportações de carnes bovina e de frango, além de farelo de soja.

No total, as exportações de produtos básicos do país deverão apresentar recuo de 1,5% em 2018, para US$ 99.1 bilhões. Pressionadas por recuos mais expressivos nos embarques de soja e milho, as vendas do cereal cairão mais de 20%, segundo a AEB.

Superávit menor

As informações sobre os embarques de commodities integram o estudo da AEB sobre a Balança Comercial brasileira.
Para 2018, são estimadas exportações totais do Brasil de US$ 218.966 bilhões – aumento de 1,1% em relação a 2017, enquanto as importações estão previstas em US$ 168.625 bilhões, com crescimento de 11,7%.

Dessa forma, a AEB estimou um superávit comercial de US$ 50.341 bilhões em 2018, com queda de 23% em relação ao recorde histórico de US$ 65.467 bilhões previsto para 2017.

 

Fonte: Reuters

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