Açúcar/OIA: produção mundial deve bater recorde de 184.170 milhões de toneladas em 2017/18

A produção mundial de açúcar deve atingir o recorde de 184.170 milhões de toneladas na safra atual 2017/18 e pode alcançar 185.215 milhões de toneladas no ciclo 2018/19. As estimativas foram divulgadas pela Organização Internacional do Açúcar (OIA), que tem sede em Londres, por meio de seu relatório trimestral “Market Outlook”.

Esta foi a primeira vez que a entidade divulgou sua estimativa para a safra que irá começar em outubro e terminará em setembro do próximo ano. “Na próxima temporada, espera-se que a produção global aumente em mais de 1.045 milhão de toneladas para alcançar um novo recorde”, indicou a instituição, explicando que a expectativa é de ganho da oferta pela Índia de até 1.75 milhão de toneladas em comparação com a safra atual.

“Em contraste com a temporada anterior de outubro a setembro, a estimativa para a produção no Brasil deve mostrar um crescimento moderado, assumindo um retorno das condições climáticas normais e recuperação gradual na safra 2019/20”, salientou a OIA. Já a Tailândia deve apresentar uma redução da produção da safra de 2017/18 para a de 2018/19 de 1.420 milhão de toneladas e a União Europeia, de 1.066 milhão de toneladas.

A demanda estimada pela OIA em 2017/18 é de 175.573 milhões de toneladas de açúcar e, para 2018/19, de 178.468 milhões de toneladas, com crescimento mundial de 2.895 milhões de toneladas, ou  aumento de 1,65%.

“A taxa de crescimento prevista está em linha com a média de dez anos, de 1,67%”, comparou a entidade, acrescentando que, nesta fase da temporada, a instituição não está “inclinada a especular sobre uma possível aceleração do crescimento do consumo devido a preços mundiais fracos durante um ano de superávit global”.

Oferta de demanda

Segundo a OIA, será mais um ciclo de superávit da produção em 6.747 milhões de toneladas. Números preliminares apontados pela instituição já sinalizavam uma oferta excedente para o período de cerca de seis milhões de toneladas.

O excesso de açúcar previsto para a próxima safra, porém, é um pouco menor do que o estimado para a temporada atual (2017/18), de 8.597 milhões de toneladas, indicou a instituição em seu relatório trimestral “Market Outlook”.

No relatório anterior a este, as estimativas apontavam para uma produção acima de cinco milhões de toneladas. Mas no último relatório mensal, a OIA já previa uma produção de 10.512 milhões de toneladas acima do consumo, o que seria o maior excedente da oferta mundial da commodity da história da comercialização internacional.

A organização também já apontou, no passado, que previa um possível fim da fase de superávit no ciclo 2019/20, porém, no documento divulgado nesta quarta-feira, não houve uma nova menção sobre essa possibilidade.

“Os fundamentos do mercado não devem apoiar os valores de mercado ao longo dos próximos 12 meses”, considerou a entidade no relatório.

A OIA salientou que, atualmente, os preços mundiais do açúcar bruto (preço diário ISA) estão em torno de US$ 0,11 por libra-peso – um nível não visto há quase uma década. O Índice de Preços de Açúcar Refinado (ISO) caiu de US$ 390,00 por tonelada no início de 2018 para o nível atual, abaixo de US$ 320,00 por tonelada.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp