ABRAPA – Boletim de Inteligência de Mercado

Algodão em NY – Esta semana, no retorno do feriadão Chinês, a bolsa local (ZCE) subiu 14%, mostrando a força da recuperação econômica do gigante Asiático.  Em NY o vencimento dezembro fechou ontem (15) cotado a 69,22 U$c/lp, maior cotação desde 21 de fevereiro, registrando alta de 2,60% nos últimos 7 dias.

Altistas – O setor têxtil da China está em ritmo acelerado. É o que mostra o relatório desta semana da Cotton China.  As fiações estão trabalhando a plena capacidade e não pararam durante o feriado. A demanda está vindo tanto do mercado interno quanto de exportação. Muitas indústrias já venderam toda sua capacidade até o final do ano.

Altistas 2 – O diferencial de preços entre o algodão importado e o doméstico está crescendo ainda mais em favor das importações na China.  Ou seja, está mais barato importar algodão do que comprar internamente no país. Entretanto, a cota adicional prometida pelo governo ainda não chegou aos compradores, mas é esperada em breve.

Altistas 3 – Os dados semanais de progresso da safra do USDA divulgados nesta terça-feira (13) mostraram que 26% do algodão foi colhido nos EUA na semana encerrada em 11 de outubro contra 17% na semana anterior.  No entanto, o relatório também mostrou que apenas 40% das lavouras estavam em boas/excelentes condições, percentual inalterado em relação à semana anterior.  Além disso, o mercado ainda está tentando avaliar as reais perdas causadas pelos furacões que atingiram as regiões produtoras.

Baixistas – As notícias de uma segunda onda do COVID-19 na Europa estão deixando os mercados apreensivos. Essa incerteza fez com que as ações europeias caíssem drasticamente, o que se espalhou para as bolsas de valores dos EUA.

Baixistas 2 – Voltando para o algodão, os números do relatório de outubro do USDA, divulgados semana passada, mostraram pouca mudança em relação ao de setembro.  Vale destacar que a relação estoque/uso prevista para o final deste ano comercial (20/21) no último relatório caiu de 92% para 88,50%.  Mesmo assim, este número ainda é visto como baixista pela maioria dos analistas.

Safra EUA – Ainda sobre o relatório de outubro do USDA, importante destacar que houve surpresa geral no mercado com os números praticamente inalterados para a safra do país, mesmo após os significativos problemas climáticos enfrentados.   É esperado um ajuste dos números no relatório que sai 10 de novembro, entretanto.

China – Enquanto a Europa vive momentos de apreensão com uma segunda onda do Covid-19, na China, com o controle precoce da doença, a economia já retornou aos níveis pré-pandemia.

Turquia – Com a safra nova sendo colhida no país, compradores no momento estão esperando para ver como a safra irá performar para retomar as compras internacionais.  Estima-se que os Turcos já compraram 100.000 toneladas de algodão brasileiro desta safra.

Austrália – Segundo a imprensa australiana, fiações chinesas estão sendo instruídas a parar de comprar algodão do país, à medida que crescem as especulações de que uma tarifa está prestes a ser aplicada.  Acrescentam que o algodão australiano pode enfrentar tarifas de até 40% devido às tensões políticas entre os países.

Beneficiamento – A ABRAPA informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 65%; Bahia: 80%; Goiás: 81%; Minas Gerais: 78%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 49%; Piauí: 88%; São Paulo: 100%; Tocantins: 80% e Paraná: 100%. Média Brasil: 70% beneficiado.

Exportações – Excelente início de mês com exportações nos primeiros 7 dias úteis de outubro em 82.200 toneladas.  Ano passado em outubro foram exportadas 288.000 toneladas e este ano o número precisa ser maior.

Preços – A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.

 

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