Em uma série de encontros realizados nesta semana, o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, reiterou a autoridades do Governo Mexicano o interesse brasileiro em fornecer carne suína ao país da América do Norte.
Ontem (15 de março), Turra se reuniu com o diretor-geral de Comércio Exterior do México, Juan Diaz Mazadiego, juntamente com o Subdiretor de Regulações não-Tarifárias, Alberto Lopez Mendoza, e membros da equipe da Secretaria de Economia mexicana.
Na ocasião, o presidente da ABPA destacou que a abertura de mercado para a carne suína do Brasil representará uma oportunidade de ampliação de oferta e variedade de produtos para a população mexicana, com preços acessíveis. O México também ganharia com a redução da dependência dos exportadores dos Estados Unidos no abastecimento deste mercado.
“Os representantes mexicanos solicitaram ao Brasil sugestões para habilitação de novas plantas, reduzindo a necessidade de realização de missões de auditores para as habilitações. Isso funcionaria para ampliar os negócios em carne de aves e material genético, e também para a abertura do mercado para a carne suína brasileira”, destaca Turra.
Na segunda-feira passada (14 de março), o presidente da ABPA esteve na sede do Serviço Nacional de Sanidade, Inocuidade e Qualidade Agroalimentar do México (Senasica), com o diretor-geral de Saúde Animal, Joaquín Braulio Delgadillo Álvarez. Na oportunidade, apresentou o status sanitário da suinocultura brasileira, com o reconhecimento por parte da Organização Mundial da Saúde de Estados como livre de Peste Suína Clássica e de livre de aftosa (sem vacinação, no caso de Santa Catarina; e com vacinação, nos demais estados). Turra detalhou, ainda, o modelo de biosseguridade brasileiro, livre de enfermidades como Diarreia Suína Epidêmica (PED) e outros.
Em sua argumentação, Turra buscou reforçar as negociações iniciadas em 2014 para a abertura do mercado mexicano para a carne suína do Brasil.
POTENCIAL BRASILEIRO
O presidente da ABPA também apresentou o potencial brasileiro para fornecer genética de ponta para a avicultura do México, que enfrentou recentemente problemas com focos de influenza aviária, afetando a produção do país. Além do status sanitário do Brasil, que nunca registrou a enfermidade em seu território, Turra detalhou a capacidade do setor nacional, que se consolidou como plataforma exportadora de genética avícola.
“O diretor Delgadillo destacou o total interesse mexicano em manter os negócios entre os dois países. Relatou, também, a cautela que as autoridades mexicanas têm com temas sanitários, o que os tornam bastante minuciosos na avaliação de questionários e do status sanitário dos países interessados em exportar cárneos para lá. Ficou claro que o status de Livre de Aftosa sem vacinação será um fator preponderante para Santa Catarina na viabilização dos negócios, quando a abertura ocorrer”, ressaltou Turra.
Junto com Turra e Delgadillo, participaram do encontro o diretor de Importações e Exportações do órgão, Fernando Rivera Espinoza, a Subdiretora de Políticas de Avaliação e Risco do Comércio, Lourdes Guerrero, e o Diretor da Comissão México-Americana para Prevenção de Febre Aftosa e Enfermidades Exóticas, Igor Romero Sosa, além dos representantes da ABPA, Ariel Mendes (diretor de Produção) e Tainá Dias Vicente (Analista de Mercado Externo).
EMBAIXADA
Antes dos encontros com autoridades mexicanas, o presidente da ABPA participou de reuniões na Embaixada do Brasil no México, com a participação do Ministro-conselheiro, João Marcelo Galvão de Queiroz, o Primeiro-Secretário Fábio Diaz, e de representantes de empresas do setor.
Na ocasião, Turra agradeceu o empenho da embaixada para a viabilização da habilitação de 16 novas unidades exportadoras de carne de frango (ocorrida em 2015) além da renovação das cotas para as exportações. A abertura do mercado mexicano para a carne suína do Brasil também foi tema do encontro.
Fonte: ABPA